Crítica sobre o filme "Omar":

Rubens Ewald Filho
Omar Por Rubens Ewald Filho
| Data: 09/02/2014

Em 2006, teve muita repercussão quando Paradise Now foi indicado e finalista ao Oscar® de filme estrangeiro. Era o primeiro filme palestino a ter repercussão internacional (sobre rapaz que vai morrer como homem bomba e sua crise). Depois disso, o diretor Hany resolveu diversificar.  Fez episódio de Stories on Human Rigths, 08, Do Not Forget Me Istambul, como comediante Ali Suliman, 11, o mais comercial Entrega de Risco (The Courier) com o americano com Mickey Rourke e Jeffrey Dean Morgan.

Mas este seu novo filme Omar já não é tão novo assim como temática (houve o recente Além da Fronteira, sobre casal gay vitima de conflito político parecido) e a resolução não me pareceu tão forte. A princípio começa como uma denuncia da situação sem saída dos jovens palestinos para se amargurar ao final. O filme que ganhou especial do Júri no Un Certain Regard em Cannes, provocou reações daqueles que esperavam uma mais clara condenação da violência.

O padeiro Omar (Adam) tem que pular um alto muro para visitar a namorada que frequenta o secundário, Nadja, irmã mais nova do amigo Tarek. Os dois e mais Amjad inventaram um plano para matar um soldado israelense, no que é na verdade um ato gratuito que não vai ajudar a causa, mas forte demais para resistir.

A vingança é rápida e no dia seguinte Omar é preso e apanha. Um agente oferece a  Omar uma saída, encontrar Tarek que eles acham que foi o que atirou e assim sairá livre. Finge aceitar, mas não tem a menor intenção de trair o futuro cunhado . Só que existe realmente um traidor entre eles. Quem?

A fronteira entre certo e errado fica difícil de definir, mas esse também é o caso da realidade entre palestinos e israelenses. O final não me agrada especialmente, mas deixo o beneficio da dúvida. Mas por isso mesmo não me parece um provável vencedor.