Tenho sido grande admirador do roteirista e diretor britânico Richard Curtis, que escreveu os roteiros da série Mr. Bean, Quatro Casamentos e um Funeral, O diário de Bridget Jones e O II No Limite da Razão, Um Lugar Chamado Notting Hill, Cavalo de Guerra, e como diretor-roteirista fez o Cult natalino Simplesmente Amor, o médio Os Piratas do Rock e agora este filme sobre “família” como ele gosta de afirmar. Que infelizmente não pegou nos Estados Unidos (não passou dos 15 milhões de dólares). Talvez porque sem a menor necessidade teve cotação R (proibindo teens) e que alguns tenham feito confusão já que Rachel McAdams fez há pouco tempo outro filme de viagem no tempo (que foi o Te Amarei para Sempre/The Time Traveler´s Wife, 09). Sem esquecer que também esteve em Meia Noite em Paris. O papel originalmente iria ser feito por Zoey Deschanel, que era muito mais adequada.
Embora seja charmoso, o filme tem algo que ainda não entendi bem porque não funciona como devia. Talvez seja a figura esdrúxula do protagonista- que é filho do excelente Brenda Gleeson-, mas tem um tipo bizarro mais adequado para hobitt do que herói romântico. Acho outro erro colocar com a namoradinha dele que a princípio o rejeita, uma loira belíssima e que é muito melhor que a heroína (não a conhecia, Margot Robbie que está em Lobo de Wall Street). Outra que deixa boa lembrança é Lydia Wilson, que faz a irmã instável.
O Fato é que Curtis não estava inspirado. Fez uma comédia em 3 atos, caprichando nas confusões e o desajeitadamente do herói a princípio (curioso: ninguém envelhece no filme!!!)., mas estica demais ao final ao ter que lidar com morte e o máximo que consegue são piadinhas mais ou menos engraçadinhas. A história: Aos 21 anos, Tim Lake descobre que sua família tem um dom especial, tratado como naturalidade por seu pai (Bill Nighy). Eles podem viajar no tempo., mas não podem mudar a História, mas pode tentar tornar o mundo um lugar melhor (para eles) realizando seu sonho de conseguir uma namorada. Só que isso é bem mais difícil do que ele pensava. Encontra Mary (Rachel), se apaixonam, mas depois se perdem, tem que se encontrar outras vezes (e o filme Feitiço do tempo já contou isso de forma melhor). Tim usa então seu poder para criar uma proposta romântica e salvar a situação. Outra vez é completamente desperdiçado o fato de que ela é americana e teria outros costumes, ainda mais com os pais deles que logo somem...
Não conseguem tornar um filme memorável, mas a fotografia é bonita o papel de Rachel é muito fraco, não devia mesmo tê-lo aceitado. O galã ruivo é indigesto e o resultado acaba sendo o pior trabalho do diretor. Um fracasso justificado.