Crítica sobre o filme "Final de Semana em Hyde Park, Um":

Rubens Ewald Filho
Final de Semana em Hyde Park, Um Por Rubens Ewald Filho
| Data: 30/11/2013

Deve ter sido por causa do sucesso de filmes sobre os bastidores da vida dos governantes e da família real britânica, que incentivou os norte-americanos a realizar está contrapartida, que conta um caso quase desconhecido que teria sucedido com um presidente americano o famoso Franklin D. Roosevelt que salvou os americanos da depressão econômica e depois da Segunda Guerra Mundial. Lançado tão discretamente em nossos cinemas, poucos tomaram conhecimento da existência deste filme bobinho, até mesmo chato, mas delicado e bem feitinho, que poderia agradar talvez a alguns damas mais idosas e sensíveis, mas é provável que seja rapidamente esquecido aqui como sucedeu lá fora, onde não conseguiu alcançar nenhuma de suas vagas pretensões a conquistar prêmios. Mesmo a história que poderia ser escandalosa é mostrada de forma discreta demais mesmo. Não impressiona ou assusta ninguém.

Assim nos anos 1930 em Hudson Valley, Margaret "Daisy" Suckley reencontra seu primo distante o Presidente Franklin D. Roosevelt e vem ajudá-lo a relaxar um pouco na bela mansão que pertence a família. A relação logo se desenvolve quando eles se tornam amantes, mas não espere nada de muito escandaloso ou chocante, ou especialmente divertido. O clímax é quando a prima Daisy (interpretada pela sempre encantadora e jovial Laura Linney) tem que participar de receber o Rei e a Rainha da Inglaterra que em 1939 vieram para uma visita oficial. Era uma Época em que não iria demorar para o mundo explodir numa Guerra mundial terrível e no entanto eles estão preocupados com regras e mesquinharias. O que poderia ter resultado num filme muito mais divertido do que este.

A culpa não é dos atores, nem da produção que é muito bem cuidada, mas do roteiro que revela pouco, parece ter medo de mexer em tabus ou vacas sagradas! Não é nem um pouco ajudado pela presença de Bill Murray no papel do Presidente, que até tenta fazer uma caracterização aproximada dele, mas não consegue. Quando se sabe que o Presidente também era amante de sua secretaria e que a Sra. Roosevelt mantinha uma ligação lésbica é que se começa a avaliar quão tímido é esta decepcionante sessão da tarde. Uma pena. Um desperdício de talento.