Vencedor do Grande Prêmio do Júri em Montreal e direção, roteiro e coadjuvante (Molina) em Málaga, este é o vigésimo sexto trabalho de Uribe como diretor (seus maiores êxitos aqui foram O Rei Pasmado e a Rainha Nua, Dias contados), mas embora bem feito e fotogênico, solar (passa-se na Andaluzia em 1950), não traz de novo ou desconhecido. Apenas mais uma história contando as consequências da Guerra Civil Espanhola que conduziu ao poder o Ditador Franco, que governava com mão de ferro, com a ajuda dos católicos fervorosos e que não tinha qualquer pudor em matar a tiros de fuzil, diante de um paredão, qualquer um que tivesse a mesma opinião política.
Eu não conhecia os atores (a não ser a veterana Molina, dos filmes de Buñuel e Carlos Saura, que faz mãe do soldado que vive no asilo) que resultam inexpressivos. E a história de amor é fraquinha. Enrique faz um rapaz de boa família que serve o exército como auxiliar de um oficial batendo a máquina para ele as condenações a morte de comunistas. Aos poucos, ele vai se revoltando e pensando numa saída para aquela situação. Acaba por se unir aos rebeldes e começa um trabalho de resistência que também pode lhe custar a vida. Nem mesmo o nome poético enriquece especialmente o filme mediano que por fim cai no banal.