Crítica sobre o filme "Thor: O Mundo Sombrio":

Rubens Ewald Filho
Thor: O Mundo Sombrio Por Rubens Ewald Filho
| Data: 01/11/2013

Começa fraco, meio confuso (já que a primeira parte acontece quase toda naquele planeta feio e esquisito que é a Terra Natal de Thor), mas felizmente vai melhorando e fica divertido e com boas piadinhas na parte final, quando eles têm uma grande batalha em Londres. Deixa inclusive na conclusão a sensação de que tem mais ação e é bem mais fácil de assistir que o anterior. O fato é que os fãs podem até preferir está segunda parte, se considerando que 1) todo mundo já aceita e gosta de Chris Hemsworth no papel do Deus Thor. Ele tem o tipo, o porte, a voz, a figura do personagem. Não é grande ator, mas isso é o que menos importa agora. 2) também nesta continuação já fica óbvio que quem rouba a festa é o ator que faz o irmão perverso, o Loki. Já tinha quase feito isso nos Vingadores, mas se houvesse ainda alguma dúvida da qualidade deste ator britânico fica resolvida aqui onde ele tem uma reviravolta surpreendente para ajudar. 

Não consegui perceber no filme nenhum toque pessoal de criatividade (talvez os letreiros ao final, como pinturas?) do diretor Alan Taylor que assumiu a aventura quando mandaram embora Patti Jenkins (que fez Monster com Charlize Theron) e tem um dos currículos mais interessantes, não em longa metragens (poucos, como A Nova Roupa do Imperador sobre Napoleão, e outro independente que eu vi faz muitos anos em Veneza, Palookaville). Em compensação fez episódios de praticamente todas as grandes séries da década, passando de Sex and the City, A Sete Palmos, Oz, Roma, Lost, Deadwood, Boardwalk Empire, Nurse Jackie, Em Terapia, Mad Men, Familia Soprano, Amor Imenso, Carnivale, West Wing, Homicide Life on the Strets.

E mais recentemente Game of Thrones!

Bom para ele, pro resultado não faz diferença (a gente acaba se lembrando mais da piadinha com a aparição habitual de Stan Lee e outra bem simpática com o Capitão America). Ah, melhor avisar logo: desta vez o filme tem dois finais extras de brinde. Um onde vemos Benicio Del Toro, numa sequência bem cafona, que lembra coisa de Star Trek antiga. E bem ao final, depois de todos os letreiros uma conclusão ainda derradeira e bem-humorada. Romântica também.

Não gosto muito de fazer resumos, mas acho que basta saber que embora a ação principal aconteça depois de Avengers, começa relembrando que o planeta de Thor, chamado de Asgard onde um elfo maléfico chamado Malekith tentou dominar o lugar usando uma força terrível chamado de “Éter”. O problema é que esse substancia vai parar dentro da Jane, a amada de Thor (a lindinha Natalie Portman) e para salva-la ela é levada até Asgard onde começa uma batalha muito complicada cheia de traições e vendettas, mas principalmente de cenas de ação (eu ainda prefiro as na Terra onde ao menos tem senso de humor, não conseguem muitas piadinhas com figuras de chifres e falas pastosas).

Sem entusiasmar, mas também sem decepcionar Thor 2 só corre o risco de passar sem tanta repercussão ao ser lançado numa época difícil comercialmente do ano.