Crítica sobre o filme "É o Fim":

Rubens Ewald Filho
É o Fim Por Rubens Ewald Filho
| Data: 10/10/2013

Riso não se discute. É o que dizem e neste caso tendo a concordar. Não é todo mundo que vai achar engraçada está brincadeira entre amigos, uma “inside joke” que fica muito mais divertida se você conhecer os bastidores dos jovens astros de Hollywood, que tem a humildade (ou suprema vaidade) de se auto gozarem (tirarem o sarro deles mesmos). Onde o elenco inteiro interpreta uma versão de si próprios (claro que é o lado que desejam revelar, ou tem a coragem de transparecer, seja qual for a razão). O fato é que alguns deles são atrevidos e não tem medo de serem humilhados (Chaning Tatum em particular mal aparece como um escravo sexual de um cara!). Emma Watson foge apavorada achando que todos querem estruprá-la e um deles, McBride é o que se expõe como grosseiro, cafajeste, sem escrúpulos!
Parece que a origem do projeto são dois nomes conhecidos o ator e roteirista Seth Rogen (revelado em O Virgem de 40 anos, astro depois de Ligeiramente Grávidos) e o habitual roteirista Evan Goldberg (que fez vários trabalhos da turma, como Segurando as Pontas, Superbad, Vizinhos Imediatos do Terceiro Grau, mas também o horrível Besouro Verde pelo qual inclusive Seth é interpelado). O segredo foi chamar os amigos quase todos nomes famosos da comédia americana atual e colocá-los numa trama que não é encarada como farsa, ao contrário tudo é levado a sério em particular na parte final quando acontecem para valer.
Jay Baruchel é o protagonista junto com Seth (aliás, eles são canadenses assim como Goldberg). Ele chega a Los Angeles depois de uma longa ausência e é levado para uma festa maluca na casa forte de James Franco (que aguenta com sua cara de pau de sempre os desrespeitos ao seu nome e persona). Lá somos surpreendidos com algumas revelações como Michael Cera que se revela um sátiro incansável e completamente oposto a sua imagem de bobinho. Mas não demora muito que de repente do céu apareçam raios e pessoas são capturadas, enquanto buracos se formam nas ruas de Los Angeles, que levam outros não se sabe para onde.
Até que se estabelece finalmente que o está sucedendo não é uma invasão de Ets, mas o apocalipse, as pessoas estão sendo levadas para o céu ou o inferno conforme seu comportamento. Tudo na maior seriedade.
E o mais estranho é que funciona tanto a sátira dos primeiros dois terços quanto a resolução final. A gente não sabe com o que mais se espantar, com a cara de pau dos atores, ou com a coragem de assumir um fim até religioso. Mais espantado ainda fiquei eu em gostar do filme, me divertir, rir bastante e não apenas eu (com orçamento de 32 milhões já alcançou os 100 milhões de dólares de renda nos EUA e mais 18 internacional). Sugiro que experimente ver. Eu ri muito.