Crítica sobre o filme "Anos Incríveis":

Rubens Ewald Filho
Anos Incríveis Por Rubens Ewald Filho
| Data: 20/09/2013

Eu gostei muito do filme anterior do diretor Leclerc que foi Os Nomes do Amor com a mesma Sara Forestier, que era criativo e divertido e político. Este é menos ambicioso, apenas uma comédia nostálgica passada a partir de setembro de 1996, relembrando de forma leve e humorística como teria sido a experiência de uma TV pirata, Télé Bocal, uma experiência comunitária (aqui obviamente com outro nome) a partir da presença de uma rapaz Victor que é apaixonado por cinema (cinéfilos como eu vão gostar dele relembrar duplas famosas como Bergman Rossellini, Godard Karina etc), mas que vai trabalhar como camera e criador na nova teve. O papel é de Felix Moati, que foi indicado como revelação pelo César, um ator com cara de gente normal, feioso, mas simpático e de grande comunicação. Ele ajuda muito a manter o filme de pé, já que tem uma estrutura muito flexível e caótica. Gosto especialmente da participação da ainda bela Emmanuelle Béart, que faz uma apresentadora de teve que se engraça com Victor, mas teme a infelicidade de lhe gravarem um discurso de bêbada. No grupo da emissora estão ainda Jean Lou (O Eric Elmosnino, que ficou conhecido por interpretar Gainsbourg e está também no Verão do Skylab) e Yasmina (a também diretora Maiween), mas a única de maior consequência é Clara, a heroína romântica, uma pessoa confusa, chata, mas com frequência adorável (Sara Forestier, agora loira) e o filho do casal. Talvez pudessem ter mais e melhores piadas ou gags (como a do 3D), mas o filme tem referências que podem divertir os que conhecem melhor a recente história francesa.