De Palma já foi um dos meus diretores preferidos e linha de frente dos cineastas revelados nos anos 1970. Com seus thrillers, em geral homenageando Hitchcock conseguiu criar momentos antológicos para duas gerações. Só que de repente a fonte secou, não se entende muito bem porque e seus últimos trabalhos mal tem sido distribuídos e para encontrar trabalho teve que retornar a Europa, onde o melhor que conseguiu foi esta refilmagem de um suspense francês (lançado aqui apenas em Home Vídeo como Crime de Amor), mas que também foi mal de bilheteria e encarado como outra decepção.
Noomi continua horrível como nunca quando o filme vai se complicando (a chefe conseguiu um vídeo dela na cama com o amante) e pior ainda quando tem um ataque histérico
dentro de um carro! Na virada de uma hora, temos um marca registrada do diretor (tela dupla, mostrando a esquerda um balé), mas eu esqueci de mencionar o galã que as duas dividem que é feio, canastrão e bêbado e uma outra assistente que é apaixonada por Noomi!
Mais não digo por que o filme vai se acelerando ao final e ficando ainda mais tolo e absurdo. Tem assassinatos, sequências de sonhos, um final que faz menção explicita a Hitchcock, mas tudo é muito pior do que se pode imaginar.