Diante de muitas estreias está semana corre o risco de passar despercebido está produção independente americana, que cometeu o deslize comercial de ter sido feita em Preto e Branco, que continua a ser veneno de bilheteria. Totalmente rejeitado pelo público atual. Até porque não era essencial para a história (ele se defendeu dizendo que isso provocava imediata nostalgia, maior simplicidade e imediatismo!).
Mais uma vez por trás do filme está um romance entre o diretor e sua nova musa, Noah (que fez A Lula e a Baleia, Margot e o Casamento com a ex-mulher atriz Jennifer Jason Leigh, mas foi também o roteirista de Wes Anderson (O Fantástico Sr. Raposo, A Vida Marinha etc e tal). Greta já esteve antes em O Solteirão (Greenberg, 10 com Ben Stiller) que já era de Baumbach e foi vista também no filme de Woody Allen (Para Roma com Amor) e mais Sexo, sem Compromisso, Arthur III, Descobrindo o Amor etc.).
Não sei se vocês guardaram o rosto dela. É uma loira meio aguada, não especialmente atraente, que é mais adequada para fazer melhor amiga que protagonista. Também co-roteirista do projeto, que no final das contas foi bem badalado, mas não tão bem-sucedido. Com pretensões a ser uma comédia realista (mas aí está o problema não consegue chegar aos extremos ou píncaros da série da HBO, que é muito superior, muito mais criativa). Ambas passam-se em Nova York e Frances (Halladay, daí o título) é aprendiz numa escola de dança (embora não seja bem um dançarina nem tenha tanta aptidão para isso),mora de favor num apartamento que não é dela, e aos 27 anos tem metade da maturidade dessa idade. Quando a melhor amiga Sophia se muda do apartamento do Brooklyn para enfrentar uma vida de casada, Frances fica completamente perdida. Tudo prestando homenagem a Nouvelle Vague, desde a trilha musical cheia de citações, até o estilo de fotografia (embora o filme seja dedicado ao fotógrafo que iluminou os dois últimos filmes de Baumbach).
Perdida, a heroína parte para algumas aventuras tolas e infelizes tais como visita a família em Sacramento, faz uma viagem inútil até Paris e depois retorna miseravelmente a passar uns tempos na Faculdade em que estudou. É uma looser na acepção da palavra é por isso mesmo muito difícil de simpatizar, ao menos foi o que sucedeu comigo (pode ser diferente com as mulheres, mais próximas a ela, já que Greta se não é especialmente talentosa ao menos tem energia e resulta esforçada). Enfim eu continuo com o Girls da TV.