Crítica sobre o filme "Escolhidos, Os":

Rubens Ewald Filho
Escolhidos, Os Por Rubens Ewald Filho
| Data: 20/09/2013

Até eu que não curto muito o gênero terror fiquei interessado neste filme B que estava demorando para chegar ao Brasil. Mau sinal, mas ele trazia como epigrafe, uma frase famosa de Arthur G. Clarke (criador de 2001, uma Odisseia no Espaço) que diz : Existem duas possibilidades: que estejamos sozinhos no Universo e que não estejamos. As duas são aterradoras”.

Feito pelo mesmo diretor roteirista de Priest (Padre), este filme modesto (custou 3 milhões e meio de dólares) chegou a render 18, mais do que merecia). Suportável como mero episódio de série de TV, ele padece de um mal irremediável. Termina abruptamente, não explica nada e deixa o espectador super frustrado. E mesmo o resto da narrativa é lenta e minuciosa, apesar de sua banalidade, o filme é completamente derivativo e quem se der ao trabalho vai encontrar imitações (não paródias) de Poltergeist, Sinais, Atividades Paranormais, Vampiros de Almas e todos muitos filmes do gênero.

É provável que a maioria tenha desistido de seguir aqui em diante, mas de qualquer forma, é a história de um casal classe média com problemas (ele está devendo a hipoteca, pode perder a casa e precisa de novo trabalho).Vivem no Arizona num casa confortável para o padrão americano, luxuosa para nós, mas de repente começam a suceder coisas estranhas, como ruídos esquisitos, pássaros mortos, sinais de invasão da casa, e segundo o caçula seria um tal de Sandman que o visita nos sonhos. Apesar de chamarem a polícia e procurarem ajuda, o resto da família começa a ter pesadelos e serem atormentados por algo meio vago que um especialista em Ets (J.K. Simmons, habitual coadjuvante como diretor de escola e coisas assim) afirma ser uma tentativa de sequestro e que provavelmente eles estão sendo vítimas de experiências como ratos em laboratório. E a vítima mais provável é o caçula.

O filme não chega a ser mal feito, mas é lento, custa a deslanchar e quando finalmente tem o clímax ele é rápido demais e muito mal resolvido. A gente até simpatiza com a heroína Keri Russell (que foi a Felicity da TV) que está esforçada, mas o veterano Josh não tem fôlego para segurar uma trama tão ao mesmo tempo obscuro e óbvia. Não percam o tempo.