Indicado ao Oscar de Roteiro Original, dos clássicos da Warner, este é o filme que realmente tornou famoso Cagney (curiosamente a escalação havia sido ao contrário, quando o diretor viu os ensaios resolveu dar para Cagney o papel de bandido). É justamente neste filme que ocorre a lendária cena em que Cagney esfrega um pedaço de grapefruit (tipo de laranja) no rosto de Mãe Clarke, o que na época já provocou protestos de organizações femininas e seria impensável hoje (assim como outros momentos de violência com elas). Também é uma rara oportunidade para se rever a Loira Platinada Jean Harlow (a descoberta de Howard Hughes, como se viu em O Aviador). Cagney baseou sua caracterização no gângster Dion O’Bannon e dois outros que conheceu quando jovem, mas tudo isso só tem validade porque o filme é bastante antigo e com problemas de ritmo e personagens que somem. Assim como desculpas da Warner, dizendo que o filme é para denunciar o crime e não promovê-lo, pressão da Censura, mas o diretor era competente e subestimado e faz um grande trabalho de narração, numa fita sexy, violenta, vital que hoje virou clássica do gênero.