Não tenho tido ocasião de comentar documentários que estreiam toda semana, em parte por falta de tempo ou interesse, mas este aqui assisti ainda no Festival de Gramado (onde chegou a ser premiado). Faz parte de uma série de registros que foram feitos com a ajuda de índios mesmo na direção, registrando costumes e fatos interessantes, mas este me pareceu o mais comercial, simplesmente porque é uma amostra rara de como se comportam as mulheres da região do Alto Xingu. Quando teme pela morte da esposa já idosa, um velho pede a seu sobrinho que realize um grande ritual feminino, para que ela possa cantar uma última vez. As mulheres do grupo começam os ensaios enquanto a única cantora que de fato sabe todas as músicas se encontra gravemente doente. O curioso mesmo é que pela primeira vez ao menos para mim, ouve-se seus comentários zombando quando acham o membro, masculino pequeno ou detalhes semelhantes. Demonstrando que o ser humano, ou a mulher, é igual em toda parte, em qualquer raça ou situação. Isso torna ao menos o filme mais acessível que semelhantes.