Crítica sobre o filme "Hiper Mulheres, As":

Rubens Ewald Filho
Hiper Mulheres, As Por Rubens Ewald Filho
| Data: 13/06/2013

Não tenho tido ocasião de comentar documentários que estreiam toda semana, em parte por falta de tempo ou interesse, mas este aqui assisti ainda no Festival de Gramado (onde chegou a ser premiado). Faz parte de uma série de registros que foram feitos com a ajuda de índios mesmo na direção, registrando costumes e fatos interessantes, mas este me pareceu o mais comercial, simplesmente porque é uma amostra rara de como se comportam as mulheres da região do Alto Xingu. Quando teme pela morte da esposa já idosa, um velho pede a seu sobrinho que realize um grande ritual feminino, para que ela possa cantar uma última vez. As mulheres do grupo começam os ensaios enquanto a única cantora que de fato sabe todas as músicas se encontra gravemente doente. O curioso mesmo é que pela primeira vez ao menos para mim, ouve-se seus comentários zombando quando acham o membro, masculino pequeno ou detalhes semelhantes. Demonstrando que o ser humano, ou a mulher, é igual em toda parte, em qualquer raça ou situação. Isso torna ao menos o filme mais acessível que semelhantes.