Crítica sobre o filme "2 Mais 2":

Rubens Ewald Filho
2 Mais 2 Por Rubens Ewald Filho
| Data: 17/05/2013

Parece que não vai se repetir o êxito local está comédia realizada por diretor Vindo da televisão, já que normalmente assistimos os filmes argentinos mais empenhados e menos comerciais. A razão é simples. É uma comédia que é muito pouco engraçada, ainda que realizada com profissionalismo e elenco razoável, mas essa temática já era velha quando Paul Mazursky fez o pioneiro Bob, Carol, Ted e Alice, em 1969, quando isso era ainda chamado de troca de casais e não Swing como hoje em dia, mas basicamente é a mesma coisa e casas de Swing continuam existindo aqui e suponho que lá também (o filme mostra uma festa do gênero, mas tudo muito timidamente como se tivesse medo de cair na pornochanchada). 

Altamente previsível é a história de um casal de meia idade, Diego, um médico bem-sucedido e ainda em forma, que é casado com Emilia, a moça do tempo da teve e tem um filho de 14 anos. Seus melhores amigos é outro casal mais ou menos semelhante (colega médico do Marido, o que demonstra que eles não viram a série de TV Nip /Tuck), mas são as esposas que tem a ideia de ter novas experiências, transando entre eles (nada de gay entre eles, seria ousado demais) e depois de certa relutância do protagonista assumem a transa, mas obviamente algo sai errado, quando a esposa diz estar apaixonada pelo outro médico, ou seja rival do marido). Ou seja, o que podia ser divertido ou critico, ou comédia de costumes (o filme se passa no limbo, poderia ser qualquer lugar, inclusive o Brasil já que tem até policias da Lei Seca!). Nada disso, se torna moralista e bobo. Vale o registro a presença de um melhor amigo, gordinho que defende praticas mais ousadas com os homens e certas formas de penetração, mas o filme é tão bem comportado, tão falsamente ousado que essas poucas cenas parecem estar no filme errado.