Crítica sobre o filme "Era Uma Vez na Anatólia":

Rubens Ewald Filho
Era Uma Vez na Anatólia Por Rubens Ewald Filho
| Data: 29/05/2013

Para o público de arte está é uma boa pedida, porque é o melhor filme do mais famoso diretor da Turquia, que por este filme foi indicado oficialmente ao Oscar, levou o Grande Prêmio do Júri em Cannes, mas não vai atingir um espectador comum, é lento, estranho, está longe de ser um mistério policial. É uma história diferente, contada de forma lenta e indireta. Os personagens vão se apresentando aos poucos e nada é exatamente o que parece. As primeiras duas horas se passa numa planície na Anatólia, durante uma noite de luar. Lá está grupo de policiais que estão em busca de um cadáver. Lá está o chefe de polícia, o promotor, um médico o motorista os dois suspeitos e um funcionário com laptop para registrar os testemunhos. O principal suspeito já assinou uma confissão, mas não consegue se lembrar direito onde o corpo foi enterrado, porque estava bêbado (o outro então não se lembra de nada). Enquanto os homens vão se cansando a gente fica sabendo que são velhos conhecidos, trocam histórias (como a mulher que previu o horário de sua morte).

O local tem um prefeito que lhes oferece comida e bebida e também uma bela filha, mas tudo irá se complicar com uma autopsia e burocracias. Já se sabe que critico adora filme chato só que este não sei se classificaria assim. Ao menos entrei na história, apreciei seu senso de humor, o retrato que pinta dos homens e da sociedade. Ainda assim requer paciência.