Não pude acreditar no preconceito com que foi recebido este filme no Festival de 2011. Muita gente reclamou e até xingou o trabalho, o que deixou espantado o casal de diretores que na verdade estão acostumados com filmes polêmicos (como em Filmefobia), mas a intenção não foi essa, apenas quiseram registrar uma figura muito interessante de uma mulher homossexual assumida, que se veste de homem, usa o nome de Sylvio Luccio (não é transexual como dizem alguns resumos). Este mantém uma vida com muitas amantes, muito sexo, sendo aceito pelas cidades nordestinas, verdadeira Parahyba do famoso baião.
Não cabe a ninguém julgar se é machista ou coisa que o valha, ele é o que ele é, o que deseja ser e as pessoas já deveriam ter aprendido a respeitar as escolhas alheias. No entanto, se comportaram no Festival como um bando de dengosas escandalizadas, em vez de críticos e frequentadores do Festival mais importante do país. Enfim, o documentário é um registro interessante de uma grande figura que não está ali para ser amada ou aprovada, mas respeitada.