Crítica sobre o filme "Eu Sou":

Rubens Ewald Filho
Eu Sou Por Rubens Ewald Filho
| Data: 13/05/2013

Não sabia nada sobre a doença que acabou afastando o diretor Shadyac do cinema e o que levou a fazer este documentário reavaliando sua vida e seu modo de viver, quando passa a ser vítima de um ferimento e uma dor no braço que parece não ter solução. Com uma pequena equipe de 4 pessoas, parte numa viagem pelo mundo quando entrevista escritores e professores, em geral autores de livros (entre os não citados em ficha no elenco estão Howard Zinn, Lynn McTaggart, Rollin McCraty, Dean Radin, Elisabeth Sahtouris, Marilyn Schlitz, Datcher Keltner e Richard Shadyac (seu próprio pai, logo depois falecido e que o diretor reverencia com um bom exemplo já que dedicou sua vida a construir e dirigir um hospital (St. Judas) junto com o comediante Danny Thomas para cuidar de crianças com câncer. O filme embora não seja para todo público e nem tão novo, teve carreira razoável para documentário nos cinemas (um milhão e meio de dólares) e traz várias ideias interessantes ótimas para provocar debates e discussões. Mostrando e discutindo alguns aspectos poucos falados da teoria de Darwin, o filme aborda o instituto humano pela guerra, a ambição e avidez, a solidão e mesmo alguns lugares comuns, mas o diretor despreparado tem uma ingenuidade e disponibilidade que chega a ajudar o filme. Que pode ser leve demais para intelectuais, mas pode atingir pessoas comuns. O diretor Shadyac anunciou recentemente que retornara aos cinemas rodando a versão americana do francês Intocáveis.