Crítica sobre o filme "G.I. Joe: Retaliação":

Rubens Ewald Filho
G.I. Joe: Retaliação Por Rubens Ewald Filho
| Data: 29/03/2013

Menos ruim que o Primeiro, mas igualmente confuso e apocalíptico, este novo G.I. Joe comete o erro de matar seu ator mais famoso e popular na primeira meia hora e de não trazer ainda o personagem mais popular da série no Brasil, o famoso Falcon.

Confesso que não conheço bem os personagens e tive a maior dificuldade para entender quem era mocinho e quem era bandido, até porque usam nomes exóticos e no final das contas acabam se unindo pelo mesmo interesse comum, mas o filme é bem menos irritante que o original G.I. Joe a Origem de Cobra/ G.I. Joe: The Rise of Cobra, 09, de Stephen Sommers, que tinha no elenco Sienna Miller, Joseph Gordon Levitt, Marlon Wayans, Dennis Quaid e os que retornam aqui Jonathan Pryce como presidente americano, Channing Tatum, Arnold Vosloo (como Zartan). É uma versão modernizada dos Comandos em Ação. Continua a falta de intenção de relacionar com a antiga série de animação. Querem ficar com o nome de GI Joe (que tem sua origem na Segunda Guerra Mundial quando eram assim chamados os pracinhas). Só que este primeiro era um dos filmes mais mal dirigidos de todos os tempos, em particular a nível de atores. Culpa do diretor Stephen Sommers, famoso pela série da Múmia que se perde no que é basicamente um grande video-game barulhento, confuso e pouco interessante. Quem entrou em seu lugar foi um certo Jon M. Chu, que é de origem chinesa, mas nascido na Califórnia, em Palo Alto, onde o pai é dono de famoso restaurante. Especialista em musical, fez antes o show de Justin Bieber, dois musicais da série Ela Dança, Eu Danço 2 e 3 e agora parte para lutas coreografadas (o ponto alto é uma perseguição e luta no ar e nas montanhas geladas, com jeitão de James Bond, que resulta bastante eficiente).

GI Joe é o nome de uma organização de elite de agentes especializados que logo no começo é traiçoeiramente atacada e praticamente destruída (Jonathan Pryce faz o presidente americano que está ainda mais doente do que no filme anterior e foi substituído por um sósia que não é outro se não o Zartan disfarçado). Morreu o Tatum que era o comandante e escapam com muita dificuldade apenas três, o the Rock (que vira chefe, como Roadblock), uma mulher bonitona (Adrianne Palicki de Legião e Amanhecer Violento como Jaye) e um latino Flint (que é interpretado por uma das figuras mais inexpressivas de todos os tempos, D.J. Cotrona que não percebi em Querido John). A conspiração agora é muito mais complexa porque irá exigir a ajuda do grupo de heróis da Cobra inclusive o oriental Storm Shadow. Enfim, tudo será resolvido com a destruição total de Londres e grande parte da Inglaterra num ataque atômico (não fiquem surpresos porque está no trailer) parte da grande confusão final com o falso presidente americano e todos os líderes mundiais discutindo desarmamento (francamente acho que o filme faz mais mal do que bem para essa causa!).

Se resulta confuso, o filme chegou a ser adiado em sua estreia (prevista para maio de 2012 quando a Paramount anunciou que iria acrescentar o 3D, ou seja, não foi filmado pelo sistema, portanto é óbvio que é menos eficaz). Correu o boato que eles acrescentariam mais cenas com Tatum que desde o primeiro filme havia se tornado astro e muito popular, mas pelo que vimos sua participação aqui é pequena e os boatos devem ter sido falsos (quando escrevo não há ainda críticas estrangeiras nem muitas informações de bastidores, alem de obviamente não terem editado as críticas ainda).