Crítica sobre o filme "Barbara":

Rubens Ewald Filho
Barbara Por Rubens Ewald Filho
| Data: 10/01/2013

Indicado oficialmente pela Alemanha para o Oscar de filme estrangeiro (mas não ficou entre os finalistas) foi realmente o longa de mais prestígio ano passado por lá (ganhou prêmio de direção no Festival de Berlim, foi finalista do European Film Award (atriz, público e filme), melhor filme do German Film Award.

Também a atriz Nina Hoss é das mais populares atualmente por lá. É loira, tem olhos grandes que são ainda mais acentuados pela maquiagem escura (este é o quinto filme que interpreta para o diretor e por Yella ganhou como melhor atriz em Berlim). Ela faz o papel título neste drama da época da Guerra Fria, uma médica que é mandada para o Norte da Alemanha comunista durante o verão de 1980, como se fosse um castigo, uma espécie de exilio. Tudo porque ousou pedir um visto para viajar!

Ela guarda dinheiro para tentar fugir para o Ocidente, enquanto vai trabalhar num hospital pobre e mal aparelhado, sempre vigiada pelo oficial da GDR (Rainer Bock, de A Fita Branca).

Mas além de longas caminhadas ela se interessa aos poucos pelo chefe dos médicos, que também esconde algum segredo. André (Ronald Zehrfeld) um tipo solitário tão envolvido na profissão quanto ela. Ambos procuram cuidar de dois jovens pacientes em situação grave, uma menina rebelde chamada Stella (Jasna Fritzi Bauer) e um rapaz que tentou o suicídio (Janik Schumann).

O filme é lento, mas tem o tempo que este tipo de história exige. A fotografia é cuidada, mas não se faz discursos políticos, apenas mostram a situação difícil em que vivem. Surge também o ex-namorado dela, Jorg (Mark Waschke) que irá força-la a tomar a decisão de deixar o país. O final até é um pouco inesperado.