Retorna numa das salas do Cinemark, este filme chileno que deixei de registrar. Seu ator principal é filho de diplomata chileno, criado no exterior que estudou na Inglaterra e faz carreira nos EUA como uma espécie de rival de Rodrigo Santoro, participando de seriados (Dexter, Heroes, Merlin) e filmes (o telefilme Hemingway & Gellhorn, Che I, Gol 2). Este foi o mais recente, que rodou em sua terra natal, sob as ordens de um diretor já experimentado (que fez ao menos 4 longas como Na cama e Juego de Verano).
O que chama a atenção no filme é sua simplicidade, ou minimalismo. Por isso, por ser pouco mais do que uma crônica, não deve agradar as pessoas mais empenhadas em assistir algo mais consistente. É sobre um rapaz, Andres, de volta ao Chile, de passagem, depois de ficar muito tempo viajando em sofisticadas viagens de turismo, como profissão.
Não se fornece detalhes sobre nada, temos que ir adivinhando o que vai rolando. Em dois tempos, sempre fotografado em planos próximos, closes, mostra ele primeiro conversando com antigos amigos, já decadentes, que lamentam sua ausência, tudo bastante afetivo. No segundo tempo vai numa festa onde encontra um antigo amor (que esteve na série da HBO Prófugos) com que aos poucos vai reencontrando a intimidade, relembrando o passado, os desencontros, quase chegando a falar em recomeço. E pronto. Acabou o filme. Embora a gente possa se identificar e possivelmente tenha tido algum relacionamento parecido, algum momento semelhante. Não é suficiente para ser um filme mais consistente até premiado com Goya de filme estrangeiro.