Rodado em Viena (e não Rússia, ainda existia a Guerra Fria), com boa equipe técnica (música de Mancini, fotografia de Vilmos Zgismond) foi um fracasso esta produção dos celebres Zanuck/Brown (os mesmos de Tubarão). Na época Goldie era muito famosa e acharam que era a pessoa ideal para a adaptação de livro de George Feifer (que parece ser autobiográfico), mas o mesmo não se pode dizer de Holbrook (ele era um ator de tevê e teatro e nunca deu certo em cinema, a não ser como veterano e coadjuvante, também não é bonito nem devia se expor pelado).
O roteiro tenta tornar a história também bem-humorada e não a deixar cair no melodrama (pelo tema já seria bem antiquado). Goldie chega a cantar uma canção. O jovem Hopkins ainda na sua fase alcoólatra interpreta o ingrato papel de um amigo russo que trabalha em Academia de ginástica e faz contrabando.
Não chega a ser propaganda anticomunista, nem a favor da América. Mas tem o problema de trazer uma heroína difícil de se gostar, confusa, mentirosa, o que atrapalha no final. Foi o único filme como ator do rapaz que faz o pianista fugitivo, Zoran Andric, que se tornou depois competente diretor assistente de inúmeros filmes. Há também uma cena curiosa, Hal ele explica para Goldie o que é um bidê e para que serve.