Crítica sobre o filme "Escolha Perfeita, A":

Rubens Ewald Filho
Escolha Perfeita, A Por Rubens Ewald Filho
| Data: 06/12/2012

Atenção fãs de Glee, este ainda desconhecido musical vem na mesma linha abordando um concurso nacional de corais a la Capella, ou seja, que se apresentam sem acompanhamento de instrumentos musicais.

Produzido por Elizabeth Banks (que faz uma participação como a locutora que comenta os grupos junto com John M Higgins, conhecido por muitas comedias como Professora sem Classe, Compramos um Zoológico etc.). Teve orçamento de US$17 milhões e já rendeu (na descrição) US$ 62 milhões. Nada mal para um filme despretensioso, mas bem feitinho que tem todo seu pé nos shows da Broadway.

Vejam só: o diretor Jason foi quem dirigiu na Broadway Avenue Q e levou o Tony, o galã Skylar foi revelado na montagem musical de O Despertar da Primavera também na Broadway, a estrela do filme Anna Kendrick antes da série Crepúsculo e a indicação ao Oscar por Amor sem Escalas, foi indicada ao Tony de coadjuvante por sua participação no musical High Society (e apareceu no DVD do Show, My Favorite Broadway, The Leading Ladies, 99). Brittany Snow que faz Chloe esteve antes no filme musical Hairspray como a filha de Michelle Pfeiffer. E a gorda Rebel Wilson esta semana também tem outro filme em cartaz, Quatro Amigas e um Casamento (também esteve em Operação Madrinha de Casamento).

Mas a protagonista é Anna, que não é exatamente uma modelo, nem muito simpática, mas é a cara de Deborah Bloch. Tenho minhas dúvidas que ele consegue segurar todo o projeto, mas ainda assim o filme resulta simpático ainda que previsível. Anna quer ser DJ e vive rejeitando possíveis amigos e namorados, talvez porque o pai professor de faculdade largou a mãe por outra, coisa que a filha nunca aceitou. Agora vai trabalhar numa rádio universitária e acaba entrando para um grupo de Capela só feminino (os rapazes campeões são da mesma escola, mas não gostam dela, ao contrário, são rivais assumidos). Tudo porque no ano anterior na prova final, as meninas perderam porque a solista vomitou em cena aberta e nos juízes. Apesar disso ela ainda na direção do grupo (um dos erros do roteiro é não ter coragem de transforma-la em vilã como sucede em Glee, o que só enfraquece os conflitos).

Enfim, tem muita música pop e muito bem cantada, interpretada com vigor, energia e entusiasmo. Como gosto de musical, embarquei no filme sem problemas até porque não é apelativo nem chega a ser grosseiro como a maior parte dos seus similares.