Crítica sobre o filme "Gato do Rabino, O":

Rubens Ewald Filho
Gato do Rabino, O Por Rubens Ewald Filho
| Data: 12/10/2012

Curiosamente os filmes de animação europeus têm conseguido espaço nas nossas salas de arte (em contra partida os infantis americanos mantém sua supremacia). O mais recente é este francês, inspirado em “comic” famoso (cinco livros), que se passa na Argélia de 1920, e a figura central é o Rabbino Sfar.

Sua filha Zlabya está se tornando moça, ao mesmo tempo em que seu gato de estimação começa a falar quando come o papagaio dela. Chega numa caixa na Rússia um pintor mais morto do que vivo. Ele numa busca de uma tribo perdida e uma cidade mítica na África. Convicto de que a cidade existe, começa essa ousada aventura, levando junto o Rabbi, seu gato, um velho e sábio Xeique e um excêntrico milionário russo.

Desenhado à mão, o filme tem o charme de ter sido feito pelo conhecido autor de quadrinhos Joanna Sfar (que fez sucesso aqui com Gainsbourg - O Homem que Amava as Mulheres). É uma coprodução franco-austríaca, que discute as diversidades religiosas. O rabino, assustado com o ceticismo do gato, procura afastar o bicho da filha enquanto este decide por um Bar Mitzvah. O gato e o rabino acabam embarcando numa viagem pela África onde encontram raças e religiões diferentes, cristãos, muçulmanos, judeus todos expressando seu ponto de vista pela religião. Parecendo mais desenho animado que as animações requintadas atuais, resulta mais leve e bem-humorado.