Crítica sobre o filme "Vingadores: Ultimato":

Rubens Ewald Filho
Vingadores: Ultimato Por Rubens Ewald Filho
| Data: 24/04/2019

Nestes últimos meses, o resultado dos filmes de ação dos super-heróis chegou a provocar muita expectativa e mesmo ansiedade, dentre os fãs e admiradores do gênero, mas também um certo medo de que fosse o fim de um estilo e gênero, muito admirado por praticamente todo o mundo, fã que se preparava para batalhar o Thanos de Josh Brolin!

No meu caso em especial, fiquei decepcionado com outras aventuras recentes bem mais frágeis (inclusive tecnicamente, além de elenco e personagens de segundo time!). Por isso é muito curioso e interessante, até quando os fãs chegaram ao equivalente da Mitologia grega ao ponto de realizarem um filme suntuoso de 3 horas, que consegue reunir um grupo enorme de personagens recentes da Marvel, no que veio a ser a luta pela sobrevivência de todo um universo! Ainda mais sombrio de que casos anteriores que não teve medo de se tornar o complexo mais profundo (indo em busca de roteiros de Christopher Markus e Stepheen McFeely) de situações mais complexas e interessantes, por vezes sombrias, mas também aproveitando momentos cômicos de figuras como Robert Downey Jr (não esqueçam Infinity War e a renda de 2.048 bilhões de renda pelo mundo afora). Ou então Thanos dizimando a população enquanto figuras como a recente Brie Larson, a capitã Marvel, tem outras ambições. Isso já vai deixando o risco da saga, de que alguma maneira irá explodir num reencontro de veteranos como IronMan, Capitão América/Chris Evans, ou Chris Hernsworth.

O fato é que há muita ação e momentos de confronto, desta vez com maior ousadia e profundidade do que as anteriores, onde os heróis que nós nos acostumamos a gostar. Só que os próprios fãs são os primeiros que perceberam que eles se tornaram mais humanos e dimensionais, como Thor e Capitão América. E os espectadores já se manifestaram sobre o Bruce Banner de Mark Ruffalo, talvez porque o ator tem enorme e natural empatia. Ou melhor dizendo humor, acentuado não só pelos roteiristas, mas também os diretores Anthony e Joe Russo. Que souberam melhor do que costume, controlar a narrativa e a ação.

Não tenham dúvida que este é o tipo de aventura que assistir uma única vez não é suficiente. Já se pode chamar até de clássico, ao mesmo tempo em que se reconhece o talento da dupla de diretores, que sabe conduzir e conquistar o prazer do espectador. Mesmo assim tem gente prevenindo que este filme não tem a mortalidade de um Game of Thrones, de forma que for possível melhor explorar a figura dos heróis. Sim, há batalhas violentas, mas não excessivas, alguma mortes, mas também se conserva Downey/Ruffalo, Hemsworth, Brolin e Paul Rudd como o Ant Man. E como advertiram os jornalistas americanos, tem um lado de fim de certas histórias e personagens, mas também a criação de novas figuras que irão desenvolver e se multiplicar.