Crítica sobre o filme "Casa Silenciosa, A":

Rubens Ewald Filho
Casa Silenciosa, A Por Rubens Ewald Filho
| Data: 23/08/2012

Não sei se ainda existe algo de novo para ser inventado, mas não há dúvida que estão procurando inovar, realizando este filme praticamente sem corte, ou seja, uma única tomada de começo ao fim, a cada dez minutos. E este recomeço é disfarçado. O primeiro filme era uruguaio de Gustavo Hernandez, La Casa Muda, 2010, e foi rodado durante quatro dias, com um orçamento de seis mil dólares. Esta é a versão americana estrelada por Elizabeth Olsen (que é irmã das gêmeas Olsen!), que nem por isso se torna mais clara e explicada.

O casal de diretores é casado e conhecido antes pelo filme Mar Calmo/Open Water (2003), sobre um casal que sem auxílio numa região atacada por turistas. É um drama genuinamente assustador só que engana e enrolada mais do que impressiona. É sobre a adolescente Sarah, que vai com o pai para uma casa meio abandonada à beira de um lago no município de New Rochelle. Lá também está um tio. E aos poucos eles vão achando que estão sendo atacados. Ou aparece uma coleguinha misteriosa. Não chega a ter momentos realmente assustadores até porque é tudo muito escuro e estranho. É engraçado como as pessoas se assustam porque querem e se enroscam numa trama pouco convincente. Pode ser mesmo até que alguns se enganem com a história. De qualquer forma, para mim a melhor qualidade é a jovem atriz Olsen, que se esforça muito para ser convincente.