Esta é a estreia na direção do diretor de efeitos visuais de filmes famosos como Clube da Luta, Deixe-me Entrar, Peter Pan. Uma produção modesta de Oren Peli, que ficou conhecido por Atividade Paranormal e que não foi tão bem assim de bilheteria nos EUA (onde não passou ainda os US$ 18 milhões). Nos EUA nem foi exibido para a crítica.
Ultimamente eu tenho deixado os filmes de terror para assistir mais tarde, em casa no DVD. Mas achei que este tinha possibilidades a partir de seu título que sugere uma variante pouco explorada: o terror radioativo, atômico! Afinal de contas não é na linha de Bruxa de Blair, ou seja, todo gravado por um dos personagens (há apenas uma sequência em que se faz isso, quando eles retornam a sua van destruída e encontram o celular dos amigos que registrou a situação quando eles foram atacados não se sabe por quem).
Acho que a grande sacada foi realmente encontrar as locações certas que de alguma maneira são por si só assustadoras e determinam o clima de todo o filme, a baixo custo. Dizem que Oren Pell pensou na história quando viu uma foto de Pripyat num blog (lá agora é atração turística). Mas ele não foi filmado na Rússia e em lugares autênticos, mas em outros na Sérvia, subterrâneos de Belgrado e Hungria. Sem esses ambientes o filme não existiria.
A história começa como qualquer filmezinho do gênero com adolescentes abobados e excessivamente obcecados por sexo. Um jovem Chris (que parece bastante Leonardo Di Caprio, mas sem o talento) vai com sua noiva Natalie (a quem pretende pedir para desposar em Moscou) para Kiev, onde o irmão mais velho Paul está morando.
Levam juntos uma amiga que terminou um namoro, Amanda. Na última hora quando estão para sair para Moscou, Paul chega com a ideia de fazerem “extreme tourism”, visitarem Pripyat que seria a cidade dormitório dos empregados de Chernobyl e que foi abandonado de uma hora para outra, sem que tivessem tempo de carregarem seus pertences. Os jovens partem para a excursão (junto com mais um casal) e o espectador já sabe que vai dar besteira.
O suspense aumenta quando eles são barrados na porta da cidade e o dono da excusão Uri, resolve entrar por um atalho. Dali em diante, alguns dos problemas são um urso solto nas ruínas dos prédios, peixes mutantes e os cães famintos (será que eles não são atingidos por radiação?).
Se falar muito mais sobre o filme corro o risco de estragar para vocês o pouco clima que ele tem (como já disse mais fornecido pelas locações).
A explicação final faz sentido, mas é um pouco decepcionante, os atores não chegam a ser desastrosos, mas tampouco promissores.
Não se vê nada direito dos agressores (?), ao menos prende a atenção sem chegar realmente a pregar sustos ou assustar. Sua moral não é tanto prevenir dos perigos de usinas nucleares, mas de que se arriscar em excursões turísticas não qualificadas.