Crítica sobre o filme "Suez":

Rubens Ewald Filho
Suez Por Rubens Ewald Filho
| Data: 16/06/2012

Indicado para trilha musical, som e fotografia, esta superprodução da Fox deveria pelo menos ter ganhado um Oscar de efeitos especiais. É uma das aventuras mais caras e bem realizadas do estúdio, que conta a história romanceada e fictícia da construção do celebre Canal de Suez, no Egito, por um aristocrata Frances Ferdinand de Lesseps.

Começa em Paris, em 1850, quando ele corteja a bela Condessa Eugenie de Montijo (a sempre deslumbrante Loretta Young) que perde para o futuro Napoleão III, imperador da França. Apesar dos dois se amarem permanecem juntos enquanto o herói suporta as atenções de uma filha de um sargento, Toni que é inteiramente apaixonada por ele e lhe salva a vida durante um furacão amarrando-o numa palmeira (o papel é feito pela estrela francesa Annabella 1907-96, que foi casada com Tyrone de 1939 a janeiro de 48).

Entre as mentiras do filme estão o fato de que a carreira diplomática de De Lesseps foi destruída por uma controvérsia na Itália e não como no filme. Eugenie era prima dele e sempre apoiou o projeto. O canal começou em 1859 e inaugurado em 1869. O governo britânico de Disraeli não comprou a maioria das ações até 1875.

Apesar disso, o filme é extremamente luxuoso, realizado com apuro visual (excelência em figurinos e castelos), mas acaba impressionando pela sequência da ventania já quase ao final, ainda bem convincente. O diretor Dwan era um competente veterano ainda do cinema mudo.