Crítica sobre o filme "Depois Que Tudo Terminou":

Rubens Ewald Filho
Depois Que Tudo Terminou Por Rubens Ewald Filho
| Data: 09/06/2012

Esta é uma esquecida comédia dos tempos em que Winner era um promissor jovem diretor que fazia dupla com Oliver Reed (1938-99), que eventualmente se tornaria uma caricatura alcoólica de si mesmo, enquanto Winner se perderia na série Desejo de Matar com Bronson. Notável por uma famosa sequência de abertura em que Reed aparece andando pelas ruas de Londres (na época em que ela virava Swinging London) carregando um machado, entrando em seu escritório e destruindo a machachadas sua escrivaninha.

Welles faz seu patrão que não se espanta muito com a crise. O filme chegou a ter problemas com a censura por causa de uma cena de Oliver e Carol que faz pensar em sexo oral e, por causa dela, ajudou a acabar com o sistema de censura antiga. Também teria sido o primeiro ou um dos primeiros a usar o palavrão “F...” na tela. De qualquer forma, além de preservar na tela uma época em que Londres brilhou na moda e música, é uma sátira hoje previsível sobre as armadilhas do excesso de dinheiro, e a falta de escrúpulos de empregados e patrões. Mantém ainda um certo charme e uma cópia decente. Vale pela curiosidade.