Escrito pelo veterano Casey Robinson (Capitão Blood, As Neves do Kilimanjaro), baseando-se em livro de Charles Einstein. Este é um filme gêmeo de Suplício de uma Vida, também de Lang, que foi feito quase simultaneamente na RKO pelo produtor Bert Friedlob (que fez pouco antes e nada depois), mas quase totalmente rodado em estúdio, com o mínimo de recursos (inclusive de fotografia que nem chega a ser expressionista ou Noir).
Mas teve o prestígio ao menos de reunir um excelente elenco, o que não era difícil porque naquele momento estava todo mundo ficando desempregado com o fim do sistema dos estúdios. Ou indo trabalhar na teve, ou na Itália, ou virando diretora como era o caso de Ida Lupino que faz a colunista, tanto que o filme é um dos últimos feitos e distribuídos pelo estúdio RKO que fechou por ordem de seu dono Howard Hughes.
Ou seja, melhor que Suplício, ele é inferior ao resto da obra de Lang nos Estados Unidos e ajudado pelo elenco que na época era original ao mostrar uma espécie de serial killer (coisa rara no cinema de então) ainda mais interpretado por John Drew Barrymore 1932-2004, que é o pai de Drew, filho de John Barrymore e por isso, às vezes, usava o Jr, sobrinho de Lionel e Ethel, ou seja, legítimo representante da família ilustre, mas que não deu certo e acabou meio maluco. Mas tem o nariz do pai, olhos penetrantes e até da aqui a impressão de poderia ter ido mais longe.
O alcoólatra Dana faz o protagonista como jornalista famoso e cada um dos outros mantém o tipo que lhe deu fama? Price e Sanders como cínicos, Rhonda como mulher fatal e infiel, Ida como mulher vivida e com o marido de então Howard Duff a tiracolo sem muito a fazer. Nenhum deles tem grande chance, mas é divertido vê-los reunidos. Não espere muito do filme alem da mera curiosidade. Traz texto sobre Lang e trailers de outros filmes dele.