Crítica sobre o filme "Vidas Duplas":

Rubens Ewald Filho
Vidas Duplas Por Rubens Ewald Filho
| Data: 01/05/2019

Um elenco estrelar interessante ajuda muito a manter o interesse deste discutível romance (com poucas pretensões a comédia). Embora o diretor Assayas tenha uma bela carreira, roteiros interessantes e parceria com a dupla central, a vencedora do Oscar Binoche e o também famoso Caunet (que foi marido de Diane Kruger e parceira de Marion Cotillard). Passa-se no mundo editorial de Paris quando estão em crise um casal especialista nisso, com problemas com a crise de meia idade, a mudança da indústria, e suas esposas. O filme não teve boa repercussão nem na Europa, aonde os personagens foram considerados petulantes e sem humor, com excesso de conversas, momentos intelectuais e muitos monólogos!

Assayaas inspirou-se no trabalho de Eric Rohmer procurando retomar o seu estilo, rodando tudo em Super 16 mm. Segundo ele, na França ainda se conseguem fazer este tipo de filme intelectualizado. Ele também cita o filme como o de Woody Allen, que Assayas aprecia, também como autor de muitos diálogos. O título original do filme foi E-Book! Quando começou a escrever o roteiro no começo dos anos 2000, justamente sobre editores. E também aproveitando os seus fiéis e colegas.