Crítica sobre o filme "Amigos Verdadeiros":

Felipe B. Brida
Amigos Verdadeiros Por Felipe B. Brida
| Data: 12/05/2020

Fiquei surpreso com o lançamento em DVD dessa aventura soviética clássica, nunca antes trazida ao Brasil, agora disponível pela CPC-Umes Filmes numa cópia extremamente bonita, decente para ter na coleção. A qualidade de imagem e som se dá pela restauração realizada pela Mosfilm, o estúdio mais antigo da Europa, em atividade na Rússia desde 1920. Aliás, a maioria dos filmes em DVD que a CPC-Umes distribui passam pelo grandioso restauro da Mosfilm, que desenvolve um projeto de preservação da obra cinematográfica e pensando no público final, os colecionadores, que terão acesso a uma cópia à altura.

“Amigos verdadeiros” tem ingredientes infalíveis para uma sessão de caloroso entretenimento: aventura com desdobramentos incríveis, humor inteligente com sacadas maneiras, belíssimas locações pelo rio Volga (o maior da Europa, que corta a Rússia de ponta a ponta em seus mais de 3,5 mil quilômetros) e peripécias marcantes. O roteiro é amarrado, divertido, que celebra a alegre história de amizade de um trio de personagens que se conhecem desde crianças, e agora, formados e com família feita, deixam tudo de lado para realizarem uma façanha inimaginável, e desse modo cumprirem uma velha promessa.

Obra notória do diretor Mikhail Kalatozov, cineasta de clássicos soviéticos como o vencedor da Palma de Ouro “Quando voam as cegonhas” (1957), do também indicado à Palma de Ouro “A carta que não se enviou” (1960) e do premiado “Eu sou Cuba” (1964). Procure conhecer essa pérola muito legal do cinema da extinta URSS.