Crítica sobre o filme "Coppola Collection: Dementia 13, O Caminho do Arco-Iris, O Fundo do Coracao, Jardins de Pedra":

Rubens Ewald Filho
Coppola Collection: Dementia 13, O Caminho do Arco-Iris, O Fundo do Coracao, Jardins de Pedra Por Rubens Ewald Filho
| Data: 10/07/1998

O FUNDO DO CORAÇÃO **1/2

Francis Ford Coppola (O Poderoso Chefão, Apocalipse) gastou mais de trinta milhões de dólares reconstituindo a cidade de Las Vegas em estúdio (um feito magnífico do cenógrafo Dean Tavoularis) e experimentando com novas técnicas em vídeo (mas só para facilitar os ensaios e a edição). Mas esqueceu-se do fundamental: a história. O roteiro é uma tolice sobre um casal (os fracos Frederic Forrest e Teri Garr) que briga e encontra novos parceiros, uma malabarista de circo (Nastassia Kinski) e um cantor (Raul Julia). O filme pretende também ser um musical (embora as decepcionantes canções só apareçam de fundo), mas os números são inexistentes. É um caso clássico de muita forma e nenhum conteúdo. Um exercício de estilo que não leva a nada.

JARDINS DE PEDRA **1/2

Durante a produção deste filme, o filho de Coppola morreu num acidente de barco. O que justifica ele ter feito um filme tão sem inspiração, fúnebre mesmo. A partir da trama: mostra os problemas dos oficiais e soldados que vivem na guarda dos túmulos dos soldados e heróis da pátria, no Cemitério Nacional de Arlington, em Washington. A ação se passa durante a Guerra do Vietnã e tem um jovem (Sweeney) que pretende ir à luta apesar da namorada (Mary). Os conflitos não mantém o interesse, principalmente na figura do herói Caan.