Com
Lazaro Ramos, Lendra Leal, Pedro Cardoso, Luana Piovani
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130 minutos
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SOM & IMAGEM |
FILME |
EXTRAS & MENUS |
GERAL |
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Áudio
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Legendas
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Vídeo
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Região
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Português
(DD 5.1 e DD 2.0)
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Inglês, Português,
Francês e Espanhol
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Sinopse
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André é um
operador de Fotocopiadora que precisa de 38 Reais.
Com o dinheiro, ele pretende comprar um presente
para
a mãe e também salvar a vida de Silvia,
sua paixão. Ele faz muitos planos para conseguir
dinheiro. E todos dão certo. |
Comentários
Sobre o Filme
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O
gaúcho Jorge Furtado é um
dos melhores diretores de atores do cinema brasileiro. O
homem que copiava (2003) revela isto com
clareza: a displicência de Luana Piovani, os
carregados trejeitos cômicos de Pedro Cardoso,
o semblante televisivo de Leandra Leal e as características
assustadas de Lázaro Ramos são contidos
pela firmeza de linhas da direção de
Furtado e o resultado é um quarteto interpretativo
que funciona como poucas vezes se viu em realizações
nacionais recentes.
Depois
das superfícies agradáveis de Houve
uma vez dois verões (2002), o cineasta,
sem perder seu alto grau de comunicação
com todos os públicos, deixa agora sobressair
seu lado mais culto e exigente. Profundamente escrito,
em diálogos bastante naturais e com a insistente
voz-over do narrador-protagonista, o filme passeia
por Shakespeare (um recitado soneto do poeta inglês é um
dos centros da película) e Cervantes, visitando
até um autor tão raro quanto Xavier
de Maistre; toda a miscelânea de referências
eruditas não prejudica a fluência e
a naturalidade da narrativa, pois Furtado nunca perde
de vista a harmonia de espetáculo do cinema.
Recorrendo
inclusive à linguagem ágil dos quadrinhos,
pois assim também o fazia o francês
Alain Resnais, uma das influências do realizador
gaúcho, Furtado transforma seu filme num jogo
de montagem bastante original. Se sua personagem
vive a copiar documentos na máquina fotocopiadora
e vê o mundo assim, fragmentariamente, um pedaço
de livro aqui, um pedaço de outro livro acolá,
informações culturais dispersas, O
homem que copiava mostra um diretor que
não copia ninguém; sua narrativa não é dispersiva
e tem alma própria.
A
história contada pelo fotocopista está começando
a ser recontada, em cores mais realistas, no fim
do filme pela boca de sua namorada. Como o inglês
Alfred Hitchcock em Janela indiscreta (1955) – uma
das alusões da fita de Furtado -, O
homem que copiava inova na linguagem cinematográfica
com uma experimentação quase imperceptível,
propondo combinações pessoais com os
planos de sempre. (Eron
Fagundes) |
Extras
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-Comentários
do Diretor e Elenco: na verdade são rápidos
depoimentos, primeiro com Furtado, o Diretor, explicando
um sobre o filme seu roteiro e concepção.
Depois, em seqüência, vem depoimentos
muito curtos de Lázaro Ramos, Leandra Leal,
Luana Piovani e Pedro Cardoso, todos muito curtos,
falando sobre seus personagens. Em apenas 6 minutos,
com fraca edição, totalmente dispensável
pois os mesmos estão no making of.
-Making
Of: ótimo documentário sobre
o filme, bem editado, com depoimentos dos atores
(os mesmos do extra anterior, praticamente) e equipe
técnica, com várias cenas de bastidores
e erros de gravação. 17 minutos. Vale
a pena, pois há além de tudo boas informações
técnicas para o público em geral.
-Galeria
de Fotos: clipe sonorizado (1min48s) com fotos do
filme e de bastidores.
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Trailer
-Weblink: acessado apenas para quem tem um DVD num computador, é apenas uma tela com galeria
de fotos e um link para o site oficial do filme.
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Críticas
ao DVD
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Um
DVD que tecnicamente é muito bom, ponto para
o cinema nacional. A imagem está excelente,
no formato original exibido no cinema, com apenas
um senão: não é otimizado para
quem tem TVs Wide. O áudio tem as duas opções,
tanto para quem tem um equipamento de home-theater,
onde seus 5.1 canais estão ótimos e
com a opção de 2 canais, melhor para
quem assiste ao DVD numa TV (essa sempre foi uma
deficiência do cinema brasileiro, praticamente
até os anos 90, a má qualidade do som).
Os
menus são bem legais, todos animados e
super de acordo com o filme, os extras é que
deixam um pouco à desejar, apesar do excelente
e conciso making of. Na verdade, há apenas
um equívoco, que poderia melhorar em muito
a qualidade dos extras: não colocar os depoimentos
em separado e sim as cenas excluídas (são
muito divertidas). Neste caso seria bem legal o comentário
do diretor durante o filme. E, quem sabe um dia,
Furtado coloca num de seus DVDs o excelente documentário “Ilhas
das Flores” como extra.
Mas é um bom filme, que flui bem e que tem
no geral uma ótima qualidade, que vale ser
visto. Uma grata surpresa.
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Menus
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Resenha
publicada em 29/05/2004 |
Por
Eron Fagundes (filme) e Edinho Pasquale
(DVD)
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Seu
comentário
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