GALACTICA - ASTRONAVE DE COMBATE 2003 ( Battlestar Galactica)

 

Com Edward James Olmos, Mary McDonnel, Katee Sackhoff, Jamie Bamber, Tricia Helfer, James Callis

 

Diretor

Duração

Produção

Michael Rymer

182 minutos

2003, EUA

Gênero(s)

Distribuidora

Data de Lançamento

Ficção Científica

Universal

23/05/2005

SOM & IMAGEM
FILME
EXTRAS & MENUS
GERAL
Áudio
Legendas
Vídeo
Região

Inglês, Japonês (Dolby Digital 5.1)
Português, Inglês, Espanhol, Japonês

Sinopse

Após décadas de conflito, finalmente ocorre uma trégua na guerra entre os humanos das 12 Colônias e as criaturas mecânicas conhecidas como Cylons. Porém, pouco antes da assinatura de um acordo de paz, os seres cibernéticos desativam os sistemas de defesa das Colônias e lançam um ataque maciço, com a finalidade de extinguir a raça humana. Galactica, a última astronave de combate restante, comandada pelo experiente e perspicaz Adama, lidera uma frota de naves que, caçada por Cylons que agora podem assumir a forma humana, parte rumo à esquecida 13ª Colônia: a Terra.

Comentários

A série original de Battlestar Galactica, lançada em 1978 (e que saiu em DVD no exterior, você também pode ler a resenha do box aqui no DVD Magazine) teve grande repercussão, já que foi uma das primeiras produções a aproveitar o filão aberto por Guerra nas Estrelas, tendo inclusive alguns episódios adaptados para serem exibidos no cinema, na forma de dois longas-metragens (o piloto, inclusive, foi lançado duas vezes em DVD por aqui). Em 1980 a Universal chegou a produzir uma continuação, Galactica 1980, que de tão ruim hoje é solenemente ignorada, como se nunca tivesse existido. Nas duas décadas seguintes, tanto o criador da série, Glen A. Larson, como o ator Richard Hatch (que na série interpretava o Capitão Apollo) tentaram trazer Galactica de volta, seja no cinema ou na TV. Mas foi somente em 2003 que isso ocorreu, e graças não a eles, mas sim ao produtor/roteirista veterano de Jornada nas Estrelas, Ronald Moore, que idealizou uma nova minissérie em quatro episódios, para ser exibida pelo Sci-Fi Channel da Universal.

No elenco, os nomes mais conhecidos são do veterano Edward James Olmos (Adama) e Mary McDonnel (Presidente Roslin), que chegou a ser indicada ao Oscar por sua atuação em Dança com Lobos. Mas quem rouba a cena são James Callis (Gaius Baltar) e a bela Tricia Helfer (Número 6), que proporcionam algumas cenas picantes e os raros momentos de humor da trama. Com Glen Larson creditado apenas como "Consultor Executivo" e possuindo bons valores de produção e efeitos visuais de primeira linha, a Galactica de Moore possui na essência a mesma trama da série original, porém com importantes mudanças conceituais: por exemplo, os personagens Starbuck e Boomer, que eram homens, na nova versão foram transformados em mulheres; os Cylons, que na primeira versão eram alienígenas, agora foram criados pelos humanos, e alguns, idênticos a nós, estão infiltrados na frota; apesar de haver perseguições e combates espaciais, a ênfase das histórias passou a ser o desenvolvimento dos personagens, a luta pela sobrevivência em meio a ambientes hostis, conflitos políticos, a discussão de conceitos religiosos; ou seja, mais drama, menos ação. O erotismo, algo inexistente no original, colabora para tornar esta nova Galactica, em forma e conteúdo, num produto mais adulto que sua antiga versão. O resultado agradou, e após a minissérie mais 13 episódios foram produzidos, que inclusive já foram exibidos no Brasil pelo canal pago TNT, com boa aceitação. Uma segunda temporada de 20 episódios está para estrear nos EUA.

Eu particularmente ainda prefiro o tom mais aventuresco, leve e até mesmo ingênuo da série original. Mas não dá para negar que a nova versão, mesmo sofrendo por vezes de uma seriedade exagerada e com todas as liberdades tomadas em relação ao conceito original, possui méritos suficientes para justificar sua continuidade.

Extras

Nada de excepcional aqui, até porque, comparativamente ao DVD lançado na Região 1, a edição brasileira perdeu uma faixa de comentários de áudio com os produtores Ron Moore e David Eick e o diretor Michael Rymer, e 20 minutos de cenas eliminadas. Pelo menos sobrou o bom documentário de 40 minutos Battlestar Galactica: The Lowdown, com depoimentos de Moore, do elenco e membros da equipe e com várias cenas da versão original e da nova minissérie. E, indicando que este DVD foi feito para o mercado japonês, temos uma chamada dos estúdios Universal de Tóquio, com áudio – e legendas – em japonês.

Críticas ao DVD

Este lançamento da Universal traz a minissérie Battlestar Galactica em um único DVD de dupla camada, na forma de um longa metragem de 182 minutos (como foi exibida no canal pago Telecine), e aparentemente decorre da boa aceitação dos episódios da série exibidos pelo TNT. A embalagem que contém o disco é a Amaray padrão, e os menus estáticos, onde predomina a cor vermelha, são acanhados – para não dizer feios. Ao contrário do que chegou a ser equivocadamente divulgado por um site nacional, o formato de vídeo é widescreen anamórfico 1.78:1, o mesmo no qual a série é exibida no Sci-Fi. A imagem é por vezes granulada, com cores esmaecidas, mas acredito que seja assim por opção criativa. A série busca ter um visual documental, estilo “cinema-verdade” – tanto que, nas cenas de combate espacial, a imagem por vezes perde o foco ou fica tremida, como se o cinegrafista estivesse registrando um evento em tempo real. Temos faixas de áudio em inglês e japonês, ambas em Dolby Digital 5.1. O canal de graves é acionado quando necessário, a música, bem distribuída, e os diálogos são na maior parte das vezes bem claros. Os efeitos surround não são especialmente notáveis, mas colaboram para criar uma ambientação sonora realista, à altura dos visuais. Apesar de não entender absolutamente nada, achei particularmente divertida a dublagem em japonês – “Garática!”, “Apóro!”... Completando, temos legendas em português, inglês, espanhol e japonês. No mais, é aguardar para ver se a Universal, aproveitando a atual onda de lançamentos de séries em DVD aqui no Brasil, não se anima e lança também a série original e a primeira temporada da nova versão.

Resenha publicada em 19/06/2005
Por Jorge Saldanha

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