DOGMA DO AMOR (It’s All About Love)

 

Com Claire Danes, Joaquin Phoenix, Sean Penn, Douglas Henshall, Alun Armstrong

 

Diretor

Duração

Produção

Thomas Vinterberg

100 minutos

2003, EUA/Suécia/Dinamarca

Gênero(s)

Distribuidora

Data de Lançamento

Drama

Imagem/LK-TEL

22/04/2004

Cotações
Som & Imagem:
Filme:
Extras & Menus:
Geral:
Áudio
Legendas
Vídeo
Região

Inglês e Português (DD 2.0)
Inglês, Português

LETTERBOX
Sinopse

John (Joaquin Phoenix) e a famosa patinadora no gelo Elena (Claire Danes) vivem um casamento à distância há muitos anos, John na Polônia e Elena em Nova Iorque. Essa distância causou uma certa frieza entre eles e John decide visitar Elena para pedir a separação, já levando os papéis do divórcio. Mas, assim que chega na cidade, John percebe que Elena está envolta em estranhos acontecimentos. O amor que ele sentiu por ela no passado renasce e ele vai fazer de tudo para salvá-la de seu destino, se puder.

Comentários Sobre o Filme

O dinamarquês Thomas Vinterberg impressionou com a crueza de um cinema feroz e sem concessões em Festa de família (1998), um dos filmes-marco do Dogma 95, movimento cinematográfico que buscava um realismo absoluto da encenação pela ausência de artifícios narrativos.

Agora, com Dogma do amor (It’s all about love; 2003) o realizador nórdico afasta-se da objetividade da escola a que seu nome estava ligado, percorrendo um caminho de obscuridade metafísica em que se cruzam influências do polonês Krysztof Kieslowski e de antigos filmes-pesadelo de outro polonês, Roman Polansky, para produzir uma narrativa confusa; em síntese, algo cheio de uma pretensão apocalíptica cujo resultado final é o vazio.

O que está em cena é a visão das transformações do planeta neste início de milênio: as nevascas mortíferas em Uganda, os inesperados ataques cardíacos em Nova York. Ligando os fios escuros da trama, um casal que está para se divorciar não se divorcia, pois voltam a entender-se; a personagem da mulher é o símbolo das metamorfoses planetárias ao multiplicar-se em vários e estranhos clones (nenhuma relação com o mal que se multiplica em Matrix revolutions, 2003, dos irmãos Andy e Larry Wachowski).

Se Vinterberg fosse um David Lynch, ele poderia alegar que o que importa em seu filme são certos estados de espírito e não uma lógica da história. Mas a confusão de Dogma do amor parece mais fruto da inabilidade do diretor para o projeto que se propôs, como ocorreu com James Mangold em Identidade (2003); é certo, porém, que Vinterberg tem mais atributos intelectuais que Mangold, embora nada seja suficiente para permitir ao espectador curtir com prazer sua realização. (Eron Fagundes)

Extras

- Elenco: biografias curtas de Joaquin Phoenix (3 páginas de texto), Sean Penn (2), Claire Danes (3)
- Trailer (devidamente legendado)

- Sinopse: em duas páginas de texto, o mesmo que há na capa. Serve apenas para quem aluga o filme e a locadora não envia a capa original.

- Entrevistas: com o Diretor Thomas Vinterberg (quase 4 minutos), os atores Joaquin Phoenix(3min40s) e Claire Danes (quase 3 min) e o Roteirista Monges Rukor (2 minutos). Interessante, mas nada de muito revelador. Podem ser vistas individualmente ou de uma só vez.

- Sobre o Diretor: apenas uma pobre página de texto, sem grandes informações.

- Galeria de Fotos: cenas do filme, num total de 19 dispensáveis fotos.

- Futuros Lançamentos: trailers dos filmes “Coisas Belas e Sujas”, “Encantadora de Baleias”, “O Outro Lado da Cama”, “Um Jovem Sedutor” e “Geração Roubada”, todos legendados, além de uma propaganda de patrocinador.

Há, logo no início do DVD, o trailer de “Adeus, Lênin!”

Críticas ao DVD

Um filme que tenta aproveitar a carona no estilo “dogma” do Diretor, mas que não é obrigatoriamente um segmento das suas idéias. Tecnicamente razoável, mantém ao menos a imagem original de cinema, em widescreen, embora não otimizada para quem tem Tv neste formato. Um áudio igualmente razoável, sem os 5.1 canais, mas com a dublagem em Português, defendida por muitos. Menus triviais, embalagem correta. Extras razoáveis, abaixo da expectativa. Um DVD que tem a sua curiosidade, mais pelo nome do Diretor e pelo elenco do que pela sua qualidade. Deve ter seu público.

Menus
Resenha publicada em 07/05/2004
Por Eron Fagundes (filme) e Edinho Pasquale (DVD)

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