IDENTIDADE (Identity)

 

Com John Cusack, Ray Liotta, Amanda Peet, Alfred Molina, Clea DuVall

 

Diretor

Duração

Produção

James Mangold

90/91 minutos

2003, EUA

Gênero(s)

Distribuidora

Data de Lançamento

Suspense

Columbia

23/03/2004 (locação)

Cotações
Som & Imagem:
Filme:
Extras & Menus:
Geral:
Áudio
Legendas
Vídeo
Região

Inglês, Português e Espanhol (DD 5.1)
Inglês, Português e Espanhol

Sinopse

Dez estranhos se hospedam num motel administrado por um estranho gerente. Inexplicavelmente, os hospedes começam a morrer, um a um. Logo, eles descobrem que para sobreviver terão que descobrir o segredo que os reuniu lá.

Comentários Sobre o Filme

Depois do promissor Garota, interrompida (1994), o cineasta norte-americano James Mangold derrapa ao incursionar por uma aventura grotesca e surrealista em Identidade (Identity; 2003). Como em O anjo exterminador (1962), do espanhol Luis Buñuel, um grupo de pessoas não consegue sair de um lugar onde acontecimentos sinistros perturbam ainda mais esta impossibilidade; à maneira de Psicose (1960), do inglês Alfred Hitchcock, o clima claustrofóbico é buscado pela utilização do cenário desolado dum motel de beira de estrada. Mas me parece que a verdadeira inspiração de Mangold é uma realização ianque recente, Cidade dos sonhos (2001), de David Lynch; como na obra-prima de Lynch, há personagens que são mais de uma personagem, há em cena um diretor, há uma atriz, há um estranho acidente de carro, há muita nebulosidade cujo sentido escapa não somente ao espectador mas ainda à própria montagem do filme, obscura e mal feita. O excesso de pretensão do realizador materializar-se-á também quando sua câmara se detiver sobre um exemplar de O ser e o nada (1943), obra de filosofia de Jean Paul Sartre –que vem fazer este monumento sartreano, colocado no carro ao lado da personagem de John Cusack, entre estas criaturas sem profundidade que Mangold foi buscar não sei onde? Buñuel, Hitchcock, Lynch, Sartre – é muito peso para os ombros frágeis de Mangold.

Chove o tempo inteiro ao longo da narrativa de Identidade. Ao tratar dos aspectos oníricos que levam as pessoas a serem mais de uma personalidade, Mangold foi além do que seu braço de montagem permitiria. Para realizar uma investigação cinematográfica que buscava a complexidade, faltou ao cineasta de Identidade aquele prodígio formal do francês Alain Resnais, que em Meu tio da América (1980), recentemente revisto na “Mostra Grandes Nomes do Cinema Francês”, revela sua extraordinária habilidade para montar a complexidade em cinema. (Eron Fagundes)

Extras

Pode se escolher entre a “Versão de cinema” e a “Versão sem cortes”, está com um inespressivo 1 minuto a mais (entre eles, uma espécia de "final alternativo, insignificante").

- Comentários do Diretor: sem legendas em Português, apenas em Espanhol e Coreano.

- Making Off: documentário trivial, com 14 minutos e meio (legendas em Português, Espanhol e Coreano), com cenas de bastidores entrevistas etc.

- Cenas Excluídas: 4 cenas, com legendas em Português, Espanhol e Coreano. Há a opção do comentário do Diretor (com legendas apenas em Espanhol).

- Comparações de Storyboards: de 3 cenas, “Falecimento de Lou”, “Morte de George” e “História de Rohde”, sem legendas (até que desnecessárias).

- Trailers: do filme, de “13 Fantasmas”, “No Cair da Noite” e “O Homem Sem Sombra”, todos sem legendas.

Todos os extras estão em Ingês DD 2.0

Críticas ao DVD

Um DVD onde o filme, tecnicamente, está quase perfeito. A imagem, de ótima qualidade de compressão, está no formato original de cinema e adaptada para quem tem TVs neste formato, widescreen. O áudio, ótimo nos 5.1 canais nos três idiomas: Inglês, Português e Espanhol.

O menu principal é animado e de acordo com o filme, os outros, são estáticos, mas com bom design. Cuidado apenas ao escolher entre qual filme assistir, o “original” ou o “sem cortes”, pois a opção só é valida na primeira vez que a escolhemos. Senão você terá que desligar o DVD e reiniciá-lo para poder mudar a escolha. Os extras, são bons, apesar da ausência das legendas em Português em alguns deles. A embalagem está correta (embora diga apenas que há um "final alternativo", que não é um item de extra e sim encontrado apenas na edição "sem cortes" do filme, mas com uma diferença muito insignificante), informando os idiomas e detalhes destas “falhas” (menos a das edições aternativas e do final "alternativo", conforme o explicado. Claro que a falta de legendas em Português dos comentários incomoda, mas é um item que não é de agrado da grande maioria dos consumidores, mas mesmo assim, deveria ser obrigatório.

Um filme apenas razoável, cujo DVD teve uma edição boa, razoavelmente caprichada. Vale dar uma olhada.

Menus
Resenha publicada em 03/05/2004
Por Eron Fagundes (filme) e Edinho Pasquale (DVD)
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