HOMEM-ARANHA - EDIÇÃO SUPERBIT REGIÃO 1 - EUA (Spider-Man - Suberbit)

 

Com Tobey Maguire, Willem Dafoe, Kirsten Dunst, James Franco, J.K. Simmons, Michael Papajohn, Randy Poffo, Joe Manganiello, Ted Raimi

 

Diretor

Duração

Produção

Sam Raimi

121 minutos

2002, EUA

Gênero(s)

Distribuidora

Data de Lançamento

Ação, Aventura

Columbia

01/06/2004 (EUA)

SOM & IMAGEM
FILME
EXTRAS & MENUS
GERAL
AINDA NÃO DISPONÍVEL NO BRASIL
Áudio
Legendas
Vídeo
Região

Inglês (DD 5.1 e DTS 5.1)
Inglês, Português, Francês, Espanhol, Chinês, Coreano, Tailandês


(Veja crítica abaixo)
Sinopse

O jovem fotógrafo "quatro-olhos" Peter Parker (Tobey Maguire) vive sendo atazanado pelos brutamontes do colégio e, de tão tímido, é incapaz de declarar seu amor pela colega e vizinha Mary Jane (Kirsten Dunst). Órfão e morando com seus velhos tios Ben e May, Parker tem a sua vida mudada radicalmente, após ser mordido por uma aranha geneticamente alterada e adquirir poderes aracnídeos. Na parte mais interessante e divertida do filme, Parker descobre seus novos poderes e, atrapalhadamente, começa a aprender como dominá-los. Se puder ganhar dinheiro com eles, melhor, e por isso resolve disfarçar-se de "Aranha-Humana" para exibir-se em um ringue de luta-livre (nesta cena hilária, o juiz é Bruce Campbell, amigo de Raimi e protagonista dos filmes Evil Dead, que também faz uma ponta na continuação). Mas em seguida o destino reserva ao jovem uma tragédia pessoal, que o leva a utilizar seus poderes para combater o crime, disfarçado de Homem-Aranha. Enfrentando uma campanha de difamação feita pelo jornal Clarim Diário, as coisas se complicam para o Aranha quando surge o insano vilão Duende Verde, oculto sob uma armadura e voando em um planador a jato (Willem Dafoe). O vilão, em seus delírios de dominação, acaba por descobrir a identidade secreta do herói e tenta derrotá-lo atingindo as pessoas que mais ama.

Comentários

Versões cinematográficas de heróis (ou super-heróis) dos quadrinhos sempre foram polêmicas. Até recentemente, os dois primeiros longas de Superman, estrelados por Christopher Reeve, detinham a honra de serem as mais bem sucedidas tentativas no gênero. Mas com Blade (1998) e X-Men (2000), foi dado início a uma memorável safra de filmes baseados em personagens da Marvel Comics, cuja maior baixa até agora foi o decepcionante Hulk de Ang Lee (2003). Com um orçamento estimado em U$ 130 milhões (praticamente a metade do de sua elogiada continuação), Homem-Aranha teve o roteiro escrito por David Koepp, com base em um primeiro esboço feito por James Cameron, o que resultou numa surpreendentemente fiel transposição para a tela grande dos personagens e histórias de Stan Lee e Steve Ditko, na qual o Aranha continua sendo o mais humano dos super-heróis. Contando com um elenco competente, humor e cenas de ação empolgantes, o maior mérito de Homem-Aranha é ter sabido preservar toda a simpatia e a humanidade de Parker/Aranha, um dos personagens mais queridos da história dos comic books. Certamente não é isento de falhas, mas estas são em muito compensadas pela direção precisa de Raimi, pelo ritmo dinâmico e pela atuação cativante dos três atores principais, em especial de Maguire.

Extras

Fato incomum para um título Superbit de um disco, esta versão de Homem-Aranha oferece um extra inédito - uma faixa de comentários em áudio de Tobey Maguire, o Aranha em pessoa, com a participação de J.K. Simmons, que interpreta o hilário J. Jonah Jameson, o dono do Clarim Diário. Infelizmente não há a opção de legendas em português para os comentários, que são bem interessantes. Maguire revela como malhou para se preparar para o papel e dá detalhes sobre como foram feitas algumas cenas, como a do beijo de cabeça para baixo. Ele e Simmons proporcionam momentos divertidos, como quando brincam sobre a possível longevidade da série (Maguire: "Qualquer dia eles vão me contratar para interpretar o Tio Ben").

Críticas ao DVD

No Brasil, com o Homem-Aranha a Columbia incorreu no mesmo erro que a Warner cometeu com os filmes de Harry Potter - rotulou o filme como "para crianças", lançou-o nos cinemas com um monte de cópias dubladas e disponibilizou-o em DVD duplo mas somente na versão fullscreen - um crime, já que na adaptação para televisores 4x3 as laterais da imagem são cortadas, mutilando o filme. Recentemente, quando do lançamento da Edição de Luxo com 3 DVDs, a distribuidora reincidiu no crime, o que levou muitos fãs a classificá-la como "Edição de Lixo". É óbvio que o aracnídeo tem um grande contingente de fãs infantis, que não apreciam as tarjas pretas que surgem na imagem de seus televisores convencionais. Mas não há justificativa para esquecer que também no Brasil ele tem fãs "mais crescidinhos" e exigentes, que já possuem TVs com formato de tela 16x9.

No início de junho último a Columbia lançou nos EUA, mercado que já dispunha do filme nos dois formatos de tela, a versão Superbit de Spider-Man - que para nós é uma opção de importação viável, já que é Region Free (ao contrário de Região 1, como indicado na embalagem) e dispõe de legendas em português. Para quem não sabe, Superbit é uma linha de DVDs da Columbia produzida pela Sony Pictures Digital Studios, onde através de um processamento digital que proporciona uma bit rate que é quase o dobro da de um DVD comum, a qualidade de vídeo é otimizada e é incluída uma faixa de áudio DTS, além da mais popular Dolby Digital 5.1. Na verdade é um processo que é utilizado também por outras distribuidoras, nos lançamentos em que os extras são concentrados em um disco à parte, porém sem uma nomenclatura específica. Basicamente consiste em pegar um DVD de dupla camada e utilizar todo o espaço disponível para a inclusão das trilhas DD, DTS e o filme propriamente dito, com bit rate de vídeo maximizada. Na prática isso resulta em ganhos de qualidade graças à menor compressão, mas isso não será muito perceptível em televisores ou home theaters convencionais.

No caso específico de Homem-Aranha, só o fato do filme ser apresentado no formato widescreen já proporciona uma imagem com maior resolução. Não tenho certeza se o filme ganhou uma nova transferência, mas o fato é que o ganho maior é notado reproduzindo-se o filme em um player e um televisor wide com progressive scan. As cores ficam mais vivas, o nível de preto é sólido, a nitidez é excelente, não há qualquer ruído ou artefato de compressão visível - mesmo nas 65 polegadas de um televisor de projeção. E o áudio em DTS, apesar de não ter um "peso" significativamente maior que a faixa Dolby Digital, é límpido e com efeitos surround excelentes - na cena em que Osborn, na sua mansão, dialoga com seu alterego Duende Verde, as vozes do vilão circulam em toda a nossa volta.

Infelizmente o esmero na apresentação técnica do filme não se estende aos menus padronizados da linha, simples e nada atraentes. Mas a embalagem é caprichada e bonita, com uma luva de cartolina metalizada envolvendo a caixa plástica que contém o disco. Dentro, além de um encarte com a relação dos capítulos, há outro de divulgação dos títulos Superbit com detalhes técnicos do processo, e um ingresso para Homem-Aranha 2 - válido até 31 de julho de 2004 e somente para os Estados Unidos.

Em suma, esta versão Superbit oferece imagem superior às outras que foram lançadas, além de uma excelente trilha DTS. Se você privilegia a qualidade na apresentação do filme em relação aos extras, esta é a melhor opção. E, segundo a Columbia, até o final de 2004 teremos esta versão Superbit aqui também. Portanto, se você já possui o DVD duplo ou o triplo nacionais, vale a pena comprar o Superbit e jogar frizzbee com o disco antigo fullscreen, guardando os dos extras. Como não gosto de desperdícios não joguei fora, preferi doá-lo para uma locadora iniciante...

Menus
Resenha publicada em 19/07/2004
Por Jorge Saldanha

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