Com
Halle Berry, Benjamin Bratt, Sharon Stone, Lambert Wilson,
Frances Conroy, Alex Borstein, Michael Massee, Byron Mann,
Kim Smith, Christopher Heyerdahl
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104
minutos
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SOM & IMAGEM |
FILME |
EXTRAS & MENUS |
GERAL |
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1/2
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Áudio
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Legendas
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Vídeo
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Região
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Inglês (DD 5.1), Português (DD 2.0), Espanhol, (DD 2.0)
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Inglês, Português, Espanhol
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Sinopse
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"Patience Philips está morta – e
mais viva do que nunca. Assassinada após descobrir
o segredo por trás do novo lançamento
de uma empresa de cosméticos, ela renasce
pelas garras de felinos místicos. Agora Patience
está em busca de aventura e vingança.
Ela é a Mulher Gato.
A ganhadora do Oscar® Halle Berry interpreta
a a felina fatal, Benjamin Bratt é um policial
dividido entre o romance e o dever, e Sharon Stone é uma
fria supermodelo com algo a esconder. Com graça
felina, destreza para cair em pé, uma paixão
por sushi e ódio por cachorros. Halle Berry é perfeita
para o papel: Ela é pura ação – com
atitude."
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Comentários
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Pois é. Falaram tanto que acabei não
achando tão ruim assim. Quase todas as objeções
são verdadeiras: Halle Berry é frágil
demais para feitos atléticos (mas ninguém
reclamou quando esteve em James Bond!). Sua roupa
realmente parece um delírio sadomasoquista
de um figurinista mal intencionado. Mas o que me incomoda
mesmo é que o filme foi transformado quase
que numa animação, num desenho animado
digital (todos os exteriores são visivelmente
feitos em computador e nem tentam disfarçar
como em Homem Aranha, que é uma figura animada
que está pulando nos muros - aquele andar final
dela então não podia ser mais falso).
Por outro lado, foi justamente essa a proposta do
diretor francês que se assina Pitof (Jean-Christophe
Comar) e que havia feito antes um curioso Vidocq com
Gerard Depardieu. É para ser estilizado mesmo,
delirante, nada realista.
Talvez
as anteriores mulheres gatos da teve ou mesmo Michelle
Pfeiffer estivessem
dentro de um contexto
Batman (que não é mencionado aqui,
ao contrario há a preocupação
de se criar uma nova mitologia), o que tornava mais
fácil aceitá-las. Halle não
convence como a desenhista gráfica que é tão
tímida (e mal-vestida!) que não consegue
entregar a tempo um trabalho (embora a melhor amiga
passe o filme todo encorajando-a e dizendo que ela é talentosa).
Aliás faz tudo errado, até mesmo acaba
morrendo quando vai espionar sem querer a fabrica
e fica sabendo que o creme que irão lançar
deixaram as mulheres de rosto deformado e marcado
para sempre. Só que ressuscita através
de um gato egípcio mágico que a transforma
justamente na Mulher Gato, louca
por sardinha e capaz de pular telhados. Para complicar
ela está sendo
paquerada por um policial (Benjamin Bratt, que ficou
famoso por namorar Julia Roberts, mas é fraco
como tipo e ator e não tem qualquer química
com Halle). É importante também, a
presença dos bandidos, nem tanto o francês
Lambert Wilson que mal aparece, mas Sharon Stone,
que com o tempo foi ficando uma atriz falsa e auto-suficiente,
sem qualquer verdade, e com pouco timing de comédia.
Nem consegue marcar como a pérfida
vilã, dona da fábrica de cosméticos,
que aproveita para se vingar do marido infiel acusando
a Mulher Gato (aliás, esta vive penetrando
nas casas e procurando se vingar de uma maneira bastante
discutível). Por outro lado, Sharon e Halle,
aliás, todo o elenco e filme, sofrem um banho
digital que lhe tira marcas e rugas, dando-lhes aquele
tom artificial que o diretor procurava. Mas A Mulher
Gato é divertido de assistir? Pouco.
Principalmente porque as cenas de ação
são
ruins. Mal se consegue enxergar alguma coisa (culpa
do CGI), tudo é acelerado, inconvincente,
borrado demais. Se não acerta como ação,
nem como erotismo, talvez consiga atingir os mais
jovens. De fato, achei menos ruim do que se previa. (Rubens
Ewald Filho. Leia mais críticas e
artigos de REF na coluna Clássicos)
Plasticamente
e mesmo como possibilidade reflexiva, Mulher-gato (Catwoman;
2004), dirigido nos Estados Unidos pelo francês
Pitof, é bastante mais ousado que todos os
filmes recentes extraídos das histórias-em-quadrinhos.
Ainda que tenha lá seus compromissos comerciais,
embora ao que se diz fracassou inicialmente nas bilheterias,
a narrativa apresenta uma galeria de símbolos
ao lado da aventura que a coloca numa ponte de meditação
sobre a rebeldia feminina quando decide enfrentar
a prepotência dos homens e da sociedade. A
protagonista, originalmente uma obscura funcionária
duma indústria de cosméticos, passa
a alçar vôo felino (material e simbolicamente)
quando, ao morrer (sete vidas tem o gato era o título
de um antigo alemão), incorpora a alma e o
corpo de um gato, um animal doméstico mais
irreverente que o submisso cão, por exemplo;
desde a apresentação dos créditos
de abertura, certos desenhos cenográficos
muito bonitos expõem o gato como um animal
diferente, chegando ao antigo Egito em que o bichano
era considerado como um ser sagrado.
A
atriz negra Halle Berry, cujo talento o espectador
já pôde deparar em A última
ceia (2001), de Marc Forster, onde ela contracenava
com Billy Bob Thornton em algumas seqüências
bastante quentes, é uma convincente mulher-gato
que é também uma mulher gata (é bem
verdade que, entre meus familiares e meus amigos,
tenho fama de me deixar atrair por mulheres negras,
mas espero não estar sendo parcial ao julgá-la
o átomo do filme). A luta de Halle com Sharon
Stone (que vive a vilã) no fim só é salva
de seu incômodo clichê graças
ao esforço das atrizes e à encenação
brilhante de Pitof; a quarentona Stone, ao emprestar à sua
personagem a experiência dura da meia-idade,
dá mais veracidade a uma história surrealista
e necessariamente fantasiosa.
É claro
que, não fossem as necessidades comerciais
da produção, Mulher-gato poderia ir
mais longe em suas leituras paralelas. De qualquer
maneira, perto do despenhadeiro formal de Hellboy (2004),
de Guillermo del Toro, a plasticidade do filme de
Pitof adquire contornos irradiantes. (Eron
Fagundes.
Leia mais críticas do colunista em Cinemania)
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Extras
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No início do DVD é apresentado o trailer
de “171 – Criminal”, com legendas.
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As Muitas Faces Da Mulher Gato: documentário
muito legal com quase meia-hora de duração,
mostrando as várias versões da Mulher-Gato,
desde imagens nos quadrinhos até as versões
para cinema e TV. Com depoimentos de atores, atrizes,
diretores, desenhistas, especialistas em HQ, bastante
ilustrado. Muito divertido rever principalmente as
atrizes que fizeram o seriado de TV “Batman”,
para quem acompanhou na época (ou nas inúmeras
reapresentações). Legendado.
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Documentário Sobre Os Bastidores: pequeno
e interessante making-of com várias cenas
de bastidores e efeitos especiais. O de sempre, com
depoimentos e cenas, mas bem editado e leve. Com
13 minutos. Legendado.
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Cenas Adicionais: seqüência 6 cenas
que acabaram não entrando na edição
final do filme, inclusive um final alternativo. Legendado.
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Trailer (sem legendas, mas quase que desnecessárias)
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Críticas
ao DVD
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Um filme polêmico, do tipo ame ou odeie. O
DVD está correto, nada muito além disso.
A imagem está ótima, o áudio
também, apesar da dublagem em Português
estar apenas em 2 canais, embora satisfaça
a grande maioria do público que a necessita.
Os extras são bons, nada de excepcional. Mas
além da média. Idem com relação
aos menus, sendo o principal animado. Um DVD interessante,
vale ao menos a sua locação.
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Menus
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Resenha
publicada em
08/04/2005
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Por
REF e Eron Fagundes (filme) e Edinho Pasquale (DVD)
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Seu comentário
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