SORRISO DE MONALISA, O (Mona Lisa Smile)

 

Com Julia Roberts, Kristen Dunst, Julia Stiles, Maggie Gyllenhaal, Marcia Gay Harden

 

Diretor

Duração

Produção

Mike Newell

119 minutos

2003, EUA

Gênero(s)

Distribuidora

Data de Lançamento

Drama

Columbia

17/06/2004

SOM & IMAGEM
FILME
EXTRAS & MENUS
GERAL
DISPONÍVEL APENAS PARA LOCAÇÃO
Áudio
Legendas
Vídeo
Região

Inglês, Português, Espanhol (DD 5.1), Tailandês (DD 2.0)
Inglês, Português, Espanhol, Chinês, Coreano, Tailandês

Sinopse

Julia Roberts é uma professora de história de Arte decidida a confrontar os antigos costumes de um colégio de moças. Ao inspirar suas alunas a rever velhos conceito, ela descobre que tem muito a ensinar sobre a vida e muito a aprender sobre o amor.

Comentários

A produtora Revolution, que distribui pela Sony Columbia, está virando sinônimo de filme ruim (e de muitas comédias para adolescentes de péssima qualidade). Como seu chefe Joe Roth (antigo chefe de produção da Disney) é muito amigo de Julia Roberts, isso explica porque ela ainda faz filmes para ele. Mas é bem capaz de mudar, depois desse semi-fracasso ou decepção, uma espécie de Sociedade do Poetas Mortos passado numa escola para moças ricas, em 1953 (o ano é mal escolhido porque não é particularmente um momento de mudanças; dois anos depois já teriam mais referências, ainda assim já existia Marlon Brando, Arthur Miller, Tenessee Williams, o que poderia tirar aquelas garotas do torpor criativo, ou seja, algo já começava a mudar na sociedade americana, inclusive o rock-n’-roll estava prestes a ser criado).

É difícil dizer o que rolou errado, porque o filme tinha tudo de interessante, já que ao lado de Julia, o filme trazia três das mais talentosas jovens atrizes de Hollywood: Kirsten Durnst, Maggie Gyllenhall e Julie Stiles (nenhuma delas deixa maior impressão, porque os personagens são mal construídos e delineados: o de Kirsten é o melhor, mas acaba virando vilã, quase caricata). Na verdade, também a figura da professora de história da arte, idealista, que vai dar aula numa escola exclusiva (a mais fechada do país) também é mal caracterizada (por que ela termina com o antigo namorado? Teve realmente caso com William Holden? Por que aquele romance mal explicado com o garanhão local, Dominic West, quando nem serve para ser conflito com a aluna com quem ele transava antes?).

Ou seja, o roteiro é péssimo, o diretor Mike Newell (que fez coisa boas como Quatro Casamentos e Um Funeral) não foge da mediocridade e o filme resulta morno. Há absurdos de vários tipos, desde alunas que na primeira aula já sabem todo o livro de cor, quanto o fato da enfermeira (Juliet Stevenson) ter perdido sua companheira lésbica e o fato ser referido totalmente de passagem, e todo mundo achando normal. Até mesmo como retrato de época o filme deixa a desejar, enquanto a relação com o quadro da Mona Lisa é forçada com o uso da canção e referências a Da Vinci, mas no fundo tem muito pouco a ver, tanto com Julia (que tem uma boca enorme, imensa e nada como a do quadro) quanto com o personagem. (Rubens Ewald Filho. Leia mais críticas de R.E.F. na seção Clássicos)

Extras

- Especiais: featurettes (making of) divididos nos seguintes temas (legendados e com áudio DD 2.0):

- Fórum de Arte: mini-documentário de 6 minutos onde as atrizes do filme (o mais estranho é que não há a opinião de Julia, que chegou a assistir aulas de histórias da arte para fazer o papel) discutem o conceito de arte. Tem algumas cenas de bastidores, mas é claro que não é nenhuma discussão mais aprofundada sobre o tema. Mas há algumas opiniões interessantes.

- Faculdades Antes e Agora: uma espécie de discussão sobre o porquê o filme se passa na década de 50, onde as mulheres tinham suas necessidades, mas não tinham ainda o poder das décadas seguintes, do “Women Liberation”, Com quase 17 minutos, uma discussão obviamente superficial para provar o do porquê do filme se realizar naquela época, uma espécie de declaração de cada personagem no contexto da estória.. Mas há cenas de bastidores e de época, uma ou outra entrevista interessante. Se a discussão fosse sobre as Universidades daqui do Brasil... Não caberiam num DVD quíntuplo. Claro que não é este o propósito, mas é até engraçado imaginar a comparação.

- O Que as Mulheres Queriam em 1953: desta vez um acertado documentário sobre o tema, num tom real de documentário, recheado com imagens de época, com pouco mais de 10 minutos bastante interessantes. Neste caso sim se justifica a explicação das personagens. De longe, o melhor dos 3 “especiais”

- Videoclipe: “The Heart of Every Girl”, com Elton John (sem legendas). Áudio em DD 2.0.

- Filmografias: textos com a filmografia selecionada do diretor Mike Newell, do roteiristas Lawrence Konner e Mark Rosenthal e das Atrizes Julia Roberts, Kristen Dunst, Julia Stiles, Maggie Gyllenhaal e Marcia Gay Harden.

- Trailers: do próprio filme e de “50 First Dates”, “Peixe Grande”, “Na Companhia do Medo”, “Peter Pan” e “Desaparecidas”. Todos sem legendas, como é costume da distribuidora. Todos com áudio DD 5.1, exceto “Peter Pan”, com áudio DD 2.0.

Críticas ao DVD

Um filme razoável, tecnicamente muito bem realizado, pois há os idiomas mais requisitados para a América Latina, Inglês, Português e Espanhol, todos devidamente distribuídos em 5.1 canais. O estranho é ver a dublagem em Tailandês. Imagem correta, em wide otimizada para quem tem TVs neste formato, mantendo o original de cinema.

Os menus são legais, animados, onde há até a opção de ser ver os trailers nos menu principal ou nos de extras (são os mesmos). Os extras, fracos. Os documentários até que servem de marketing para o filme, como é a tradição, mas não há nada de muito “profundo”. Talvez esteja exigindo demais, há o clipe da fraca música de Elton John, mas não dá pra admitir a falta de legendas nos trailers. Há “quinhentas” opções de legendas para o filme e não se dão ao trabalho de legendar os trailers de lançamentos que poderiam interessar ao grande público a locação destes lançamentos e até mesmo a sua aquisição. Cada dia que passa entendo menos os critérios desta divisão de regiões. Pelo menos a embalagem não tem furos e explica esta confusão toda, embora não informe o "apecto de proporção" do filme. Só que é em Wide.

Enfim, um DVD apenas correto, mediano. Até vale a sua locação, se você é fã de Julia Roberts. Mas não espere ser um de seus melhores filmes.

Menus
Resenha publicada em 16/07/2004
Por R.E.F. (filme) e Edinho Pasquale (DVD)

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