VAN HELSING - O CAÇADOR DE MONSTROS (Van Helsing)

 

Com Hugh Jackman, Kate Beckinsale, Richard Roxburgh, David Wenham, Will Kemp, Shuler Hensley

 

Diretor

Duração

Produção

Stephen Sommers

131 minutos

2004, EUA

Gênero(s)

Distribuidora

Data de Lançamento

Drama, Ação, Terror

Universal

15/10/2004

SOM & IMAGEM
FILME
EXTRAS & MENUS
GERAL
Áudio
Legendas
Vídeo
Região

Inglês (DD 5.1), Português (DD 5.1)
Inglês, Português

Sinopse

Os Monstros clássicos de todos os tempos estão á solta. O terrível Drácula incentiva as bizarras pesquisas do Dr. Victor Frankenstein. O projeto do famoso conde romeno é se aproveitar da tecnologia desenvolvida pelo Dr. Victor para ele próprio criar milhares de filhos-vampiros com suas três noivas. Mas para isso Drácula precisa captar a energia incomparável dos lobisomens. Só existe um homem capaz de detê-los: Van Helsing, um matador profissional de aberrações que atua sob as ordens do Vaticano. Ao seu lado ele terá a ajuda da bela Anna Valerious, descendente de uma poderosa e enigmática família perseguida por maldições.

Comentários

Começou mal a temporada de blockbusters de 2004 com este Van Helsing, um filme cheio de som e fúria significando nada. Tudo que há de ruim no cinema atual, está consubstanciado neste delirante videogame, que reprocessa velhas idéias num pacote irritante de efeitos especiais excessivos e redundantes. O que poderia ser uma curiosa revisão de temas clássicos do terror, acaba virando uma irritante aventura onde tudo é hipérbole, grito, histeria. Nem mesmo Hugh Jackman chega a ter um personagem convincente em seu primeiro filme como astro absoluto (muita coisa dele é insinuada mas não explicada, nem fica claro que é o irmão mais novo do matador de vampiros do Drácula original que se chamava Abraham Van Helsing. Aqui ele é chamado de Gabriel).

É difícil entender como o roteirista e diretor Stephen Sommers teve a coragem de dedicar a seu pai este filme tão desatinado e destrambelhado. É verdade que no Retorno da Múmia ele já tinha dado sinais de que estava por demais fascinado com os efeitos CGI, em vez se preocupar com roteiro, personagens, verdade humana. Aqui é impossível se identificar com o misterioso herói, que afinal de contas é apenas um matador, mesmo que fossem monstros (num prólogo, ele mata o Mr. Hyde numa luta na Notre Dame, nem que para isso tenha que destruir seus vitrais, aliás péssimo exemplo. O problema é que o Monstro é tão inverossímil quanto o Hyde de Liga Extraordinária. Como se a Universal não tivesse aprendido a lição com Hulk).

A base da trama porem é curiosa, considerando-se que o estúdio continua a ser dono dos copyrights dos mais famosos monstros de terror do cinema, o Dracula, o monstro de Frankenstein e o Lobisomen. Ou seja, fazia sentindo mexer em todos eles até porque são indestrutíveis e imortais. Não vai ser este desastre que irá perturbá-los. De qualquer forma foi tudo rodado em Budapest (onde foi construída a cidade cenográfica que agora será utilizada pela Universal em serie semanal de TV). Na história, Van Helsing misterioso matador de monstros a serviço do Vaticano (?) vai para a Transilvania ajudar os sobreviventes de uma família que lutam contra Drácula. Mas o rapaz Velkan foi mordido por Lobisomen e logo se transformará num deles (quem faz o papel é Will Kemp, famoso dançarino inglês que criou a versão de O Lago dos Cisnes de Matthew Borne). Sobrou a irmã, Anna Valerious (Kate Beckinsale, mal maquiada e vestida, aliás todos os figurinos são discutíveis e bregas) que eventualmente será o interesse romântico do herói. Nunca se viu um Drácula tão efeminado, tão mau ator (Richard Roxburgh) mesmo que com freqüência seja substituído por Efeito CGI (assim como suas três noivas voadoras e sem esquecer o rebanho de gárgulas, descendentes deles, a que Drácula esta querendo dar a luz, usando a tecnologia que aprendeu com o Conde Frankenstein e depois com seu Monstro). Parece confuso? Um pouco, porque no fundo, o filme é uma sucessão de seqüências de ação, por vezes com lances divertidos (as duas diligências sendo atacadas a beira do abismo) e com momentos que são deliberadamente de humor (Van Helsing é acompanhado por um frei que é seu assistente, o australiano David Wehham, que esteve em O Senhor dos Anéis, que funciona como uma espécie de Q, caso o herói fosse um 007). Ou seja, nem tudo é abominável.

A produção parece ser muito luxuosa, com infinito uso de efeitos (e aí vem essa maldita palavra de novo!). Mas o filme está longe da ingenuidade e alegria de A Múmia.

É terror sem violência (parece desenho animado, por vezes obviamente fake), indicado para pré- adolescentes que possivelmente irão rir com as façanhas dos personagens (num universo de Halloween felizmente distante para nós). Mas justamente por isso limita seu alcance e interesse. (Rubens Ewald Filho)

Extras

- Explorando o Castelo do Drácula: quase que um jogo interativo, mostrando todos os sets de filmagem do castelo onde se passa a trama, bem legal.

- Gafes: um clipe com pouco mais de 5 minutos, com vários tipos bem hilariantes de erros.

- Trazendo os Monstros à Vida: um bom documentário sobre os efeitos especiais e a criação dos monstros, com mostrando bem o tal do CGI (Computer Graphics Animation, ou seja, animação por computador).

- Você no Filme! Um super bem-bolado extra, nunca vi parecido: como se fosse uma espécie de “realitty show”, acompanhamos as cenas por uma câmera “trás da câmera”, ou seja, vemos várias visões mais genéricas do que está sendo filmado, com uma abertura de ângulo mais ampla, como se estivéssemos acompanhando as filmagens ao lado das câmeras. Genial. Pena que tem apenas 4 minutos.

- A Lenda de Van Helsing: 10 encantadores minutos mostrando como são os personagens originais do filme, com cenas históricas e com bons depoimentos e comentários.

- Comentários do Diretor, produtor e elenco: divididos em dois, ou seja, um cuidando da parte técnica e outro da parte artística. “Supresa”: ambos legendados. Ah se todos os DVDs fosse assim...

- Trailers: do filme; Inserção no SuperBowl; Shrek 2; A Supremecia Bourne; A Batalha de Riddick; Coleção Caçada aos Monstros. Todos legendados.

- DVD-ROM: este é dispensável: apenas instala um programa para que se assista ao filme e seus extras no computador. Nada além disso.

Críticas ao DVD

Quem dera se a Universal sempre tivesse esse padrão de qualidade (assim como outras distribuidoras...). O DVD está perfeito, goste ou não do filme. O que falta? Talvez para os mais exigentes o áudio em DTS. Mas a imagem e som estão perfeitos, com absolutamente tudo legendado (ou, no caso do filme, também dublado, mantendo o áudio em 5.a canais) em nossa língua pátria. Os menus, animados e bem legais, os extras, praticamente perfeitos. Quanto ao filme, depende, como sempre, do gosto de cada um. Um DVD indispensável no aspecto técnico, que vale sua aquisição.

Menus
Resenha publicada em 21/12/2004
Por REF (filme) e Edinho Pasquale (DVD)

Seu comentário
 

Nome:

Autorizo a publicação.
  Email: Não autorizo.