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TRÊS VIDAS E UM DESTINO

04 de setembro de 2005

Parecia um filme interessante: A primeira reunião na tela da premiada com o Oscar Charlize Theron com seu namorado de longa data (e parece que logo marido), o inglês Stuart Townsend. Tendo ainda como lambuja um triângulo amoroso com a espanhola Penélope Cruz e algumas prometidas cenas de erotismo (sempre bem-vindas nestes tempos pudicos). Mas não espere muito. É uma trama velha, já vista outras vezes, em que Charlize não demonstra qualquer talento especial.

O diretor inglês Duigan (que acabo de descobrir é cunhado de Bruce Beresford e foi casado com Thandie Newton) costuma realizar esses filmes medianos, de alguma pretensão como Sereias com Hugh Grant, O Sedutor com Bon Jovi, Experimentando a Vida com Elisabeth Shue como deficiente mental, e o anterior Um Oficial em Apuros / “The Parole Officer” (2001), com Steve Coogan, visto apenas na TV por assinatura. Ou seja, não está numa fase muito boa de sua carreira.

Esta história antiquada e romântica é passada nos anos 30, quando Towsend (A Rainha dos Condenados, A Liga Extraordinária), estudante na Faculdade de Cambridge, Inglaterra, conhece a garota rica e mais popular do lugar, que ele livra de uma situação embaraçosa. Ela é Gilda Blessé, herdeira milionária de um francês, e amante de um professor. Apaixona-se por ela, que o trata como amigo. Passam-se os anos e o herói vai atrás dela, que agora vive como fotógrafa em Paris, num apartamento onde também recolhe uma refugiada espanhola em apuros (Penélope), e com quem tem uma relação ambígua. Mas o curso da História interfere e os dois, Penélope e Stuart sentem-se obrigados a ir lutar contra a expansão do nazi-fascismo, enquanto Gilda prefere manter seu estilo de vida, inclusive tendo caso com um alemão.

Esse script muito bem poderia ter sido feito nos anos 30 ou 40 (com as adaptações naturais), com alguma Joan Crawford ou Greta Garbo nos estúdios da Metro, e teria sido melhor entendido pelo público. Hoje parece tremendamente sentimental, inclusive em sua conclusão. Coisa de telenovela e folhetim, que nem o elenco fotogênico consegue justificar.

Por Rubens Ewald Filho

PS: Rodado originalmente no Canadá, o filme ganhou os prêmios Genie (Oscar local) de trilha musical, montagem, figurino, fotografia e foi indicado ainda para direção de arte, mixagem, som (o que demonstra que ia esquecendo de dizer que o filme é bonito e bastante bem produzido). Foi ainda melhor filme do Festival de Milão (que deve ter sido muito fraco).