Crítica sobre o filme "X-Men: O Confronto Final":

Jorge Saldanha
X-Men: O Confronto Final Por Jorge Saldanha
| Data: 03/12/2006
Com Bryan Singer tendo se afastado para assumir o novo longa de Superman, o menos conceituado Brett Ratner (de A Hora do Rush, Dragão Vermelho, Ladrão de Diamantes) assumiu a direção do filme que, alegadamente, encerra a trilogia X–Men. E ao contrário do que muitos antecipavam, o resultado foi tão bom quanto os capítulos anteriores da franquia. Em X-Men: O Confronto Final, mesmo com a troca de diretor e de boa parte da equipe, não notamos uma grande mudança de estilo. Ratner sabiamente decidiu “não mexer em time que está ganhando†e graças a isso o espectador sente um grande senso de continuidade em todos os níveis da aventura. O trunfo maior sem dúvida é o bom roteiro de Simon Kinberg e Zak Penn, que agrega a cultuada saga da Fênix Negra dos gibis a uma trama que gira em torno da tal “cura†para as mutações. Isto permite que o filme se aprofunde no tema que sempre foi mais caro a esta série da Marvel: o preconceito. E para não deixar dúvidas que este é mesmo o capítulo final, personagens importantes morrem no confronto entre os mutantes, o que torna este filme mais dramático que os anteriores. A propósito, fique ligado porque após os créditos finais surge uma cena que revela o verdadeiro destino de um destes personagens. Certo, nem tudo são flores: com Ratner tendo assumido já com uma data de estréia fixada, a produção foi levada a toque de caixa e o orçamento estourou, passando dos U$ 200 milhões. Algumas precariedades nos efeitos visuais são aparentes, em especial no trabalho com fios nas cenas em que os mutantes saltam e voam. Mas o resultado final agrada e diverte, por ironia do destino até mais que o Superman de Bryan Singer.