Crítica sobre o filme "Maldita Sorte":

Edinho Pasquale
Maldita Sorte Por Edinho Pasquale
| Data: 18/04/2008
Comédia romântica não é o meu forte mas, às vezes, assisto para dar umas risadas. E esse Maldita Sorte é um bom passatempo, no fim das contas. O grande chamariz do filme é realmente Jessica Alba que, querendo ou não, é um dos nomes fortes hoje em Hollywood quando se trata da “garota da vezâ€. Ela até agora não mostrou ainda nenhum grande desempenho - até porque só fez filmes de menos “densidade†na dramaturgia, por assim dizer - mas, ainda assim, tem grande carisma. E comprova isso mais uma vez neste filme.

O início de Maldita Sorte é realmente muito bom. A festa em que participam Charlie e Stu é realista e cômica, assim como a maldição que a garota gótica coloca no menino que a rejeita. A frase em que Stu pergunta se a maldição dela não é uma música do Phil Collins é ótima. (me perdoem os fãs do cantor e compositor)

O filme tem outras tiradas ótimas, mas também esbarra no humor fácil algumas vezes, como a mulher com quem ninguém ficaria e que passa a ser a “prova definitiva†para Charlie ou a história das “três tetasâ€. Cá entre nós, são duas partes da história que eram totalmente dispensáveis. O ator Dane Cook começa meio devagar no seu papel mas, depois, quanto mais o roteiro vai evoluindo, ele vai se destacando. Realmente ele está bem no personagem, ainda que acaba sendo desnecessário da parte dos roteiristas “santificar†a Charlie. Digo isso porque não conheço nenhum homem que não se aproveitaria daquela “penca†de mulheres caindo no seu colo. Por mais que alguém queria um relacionamento sério e que dê certo, duvido muito que um homem realmente não se aproveitaria da situação. Pelo menos por um tempo.

Mas enfim, fora os lugares-comum e uma ou outra parte desnecessária, Maldita Sorte é um filme divertido. Dá para passar uns bons momentos. A direção de Mark Helfrich é coerente, ainda que não apresente nenhuma grande sacada. Afinal, é preciso dar-lhe um desconto… essa é a sua estréia como diretor. Helfrich antes tinha ficado conhecido por seu trabalho de editor, tendo no currículo filmes como A Hora do Rush 3 e a terceira parte de X-Men. (Alessandra Ogeda – confira mais detalhes no blog Crítica (non)sense da 7Arte)