Crítica sobre o filme "Impostor":

Marcelo Hugo da Rocha
Impostor Por Marcelo Hugo da Rocha
| Data: 12/06/2003

Parece que os produtores descobriram a obra do ‘visionário’ Phillip K. Dick, presente de todas as formas nos cinemas. Depois do máximo em Blade Runner (1982), do incompreensível Vingador do Futuro (1990) e do simultâneo Minority Report (2002), Impostor (baseado em conto homônimo de 1953) não fica muito atrás do legado do autor americano que faleceu aos 54 anos em 1982 de ataque cardíaco.

Apesar de ser a mais ‘acanhada’ das produções citadas, a estória se desenvolve de forma compreensiva na boa atuação de Gary SINISE numa adaptação que não compromete o resultado final até porque a premissa é bem simples. É verdade que foi um tremendo fracasso de bilheteria, talvez pela sombra do Minority Report de Steven SPILBERG e Tom CRUISE. Os efeitos especiais não são lá muito ‘especiais’, mas garantem a diversão. Também não há maiores questionamentos moralistas ou filosóficos e como você já deve adivinhar, o futuro – não muito distante - é pior que o presente. Preste atenção no final imprevisível.

Confesso ainda que não faço parte dos admiradores de DICK, até porque se você fazer uma linha imaginária de coincidências entre seus textos que foram filmados, quase todos (exceto Blade Runner) seguem a idéia de “funcionário do governo é perseguido pelo próprio patrão depois de acusação grave”.

Para finalizar, mais uma vez um conto de DICK está sendo levado às telas, em Paycheck, dirigido por John WOO e estrelado por Ben AFFLECK.