Crítica sobre o filme "Reino de Fogo":

Marcelo Hugo da Rocha
Reino de Fogo Por Marcelo Hugo da Rocha
| Data: 30/05/2003

Acabei não indo assistir nos cinemas, talvez por ter me prendido muito às críticas, coisa que não costumo fazer. E para falar a verdade, não me arrependi. Os críticos estavam certos em afirmar que em REINO DE FOGO encontrávamos uma mistura de MAD MAX com JURASSIC PARK – o que poderia ser bom – mas que acabou sendo muito chato!

O cinema sempre alimentou nossa curiosidade sobre as lendas que giram em torno de dragões. E não é por menos que cientistas ainda procuram provas sobre a sua real existência entre fósseis e desenhos antigos. A mitologia é tão forte, que é desenvolvida entre diversas épocas e religiões, inclusive na católica. Para os cristãos da Idade Média, a Bíblia confirmava a sua existência no Livro de Jó através de Leviatã, um ser que cuspia fumaça. E o combate de São Jorge, santo padroeiro da Inglaterra? Aliás é neste país que há uma crença forte em Dragões, e não é por menos, onde se inicia e termina o filme. Ao contrário das citações cinematográficas acima, acredito que REINO DE FOGO é um INDEPENDENCE DAY sem aliens, substituídos por dragões. É um filme apocalíptico que tinha grandes pretensões, mas que se perde numa estória frágil que nem serve para embalar sonhos infantis.

Não conseguiu arrecadar a metade – nos EUA - do que foi investido para realizá-lo (90 milhões) e muito menos a simpatia dos críticos. Tudo é bastante superficial, inclusive nas sequências de confronto entre humanos e dragões (há uma bem ridícula, quando um comboio é atacado e a câmera fica estática debaixo de um caminhão, apenas focalizando laberadas ao redor...). O dragão animado em SHREK é mais interessante e assustador. Pelo filme, nem perca tempo com este DVD.