Crítica sobre o filme "Alien: Covenant":

Rubens Ewald Filho
Alien: Covenant Por Rubens Ewald Filho
| Data: 10/05/2017

O titulo não é dos mais fáceis, fui procurar nos dicionários e Covenant tem uma série de traduções. Pode ser Pato, Aliança, Convênio, de ainda Acordo, Compromisso, Convenção. Escolha o que melhor lhe interessar. O importante é que o diretor britânico Ridley Scott (Blade Runner, que por sinal está sendo refeito, Thelma e Louise), e que está para completer 80 anos em breve, fazendo o melhor trabalho da série Alien (considerando que o anterior de 5 anos atrás era o mais fraco da franquia de seis filmes), a não ser obviamente pelo dois iniciais). Aliás, Ridley já anunciou que sua intenção e fazer mais dois filmes Aliens para assim fechar o ciclo voltando justamente ao primeiro.

E o mais legal é que esta caminhando certo. O novo filme é intenso, prende a atenção e não dá sustos banais, conta sua história sempre com uma notável qualidade técnica que remete sim ao original, mas de uma maneira moderna e brilhante, conseguindo também dar uma grande chance ao ator Fassbender que interpreta papel duplo, dois sintéticos robôs chamados Walter (primeiro surge num formato muito mais avançado, com seu criador, o não creditado Guy Pearce, num preâmbulo elegante e chique, quase não colorido. Mais tarde seu predecessor vai aparecer para criar um duelo de forças entre os dois).

Eu particularmente já gostei quando somem com o insuportável James Franco logo no começo do filme e achei também interessante a escolha do elenco que é composta quase toda por latinos, com a exceção de Katherine Waterston, de Steve Jobs, Animais Fantásticos, e que é filha do bom ator James Waterston. Meiga, frágil e lutadora, cabe a ela cuidar da tripulação de 2 mil passageiros espaciais e 1.140 embriões quando a nave é atingida por uma tempestade  espacial vários são afetados e destruídos e a tripulação luta para sobreviver, agora sob as ordens de um novo capitão Christopher (Billy Crudup). Eles estavam viajando para um planeta distante chamado Origae-6, que prometia melhor futuro para a humanidade, mas Christopher é inseguro, excessivamente religioso e incapaz de comandar o grupo. Ao descobrirem um planeta desconhecido resolvem explorá-lo o que vem a ser a pior escolha possível. Apesar das notáveis locações feitas na Nova Zelândia (a maior parte do filme foi rodada na Austrália). Acho que mais não preciso dizer ou revelar.

O filme já era tenso e prendia a atenção, mas foi ficando cada vez mais forte mesmo sem exagerar na violência. Este Covenant é muito bem vindo e dá esperança que a temporada de verão americano de blockbusters mantenha esse mesmo nível.