Crítica sobre o filme "Oh Lucy!":

Rubens Ewald Filho
Oh Lucy! Por Rubens Ewald Filho
| Data: 27/06/2018

Embora fazendo parte da sessão Semana dos Críticos de Cannes saiu sem prêmio de lá esta pseudo comédia dramática que talvez seja mais divertida para os orientais do que pra nós. Mas ganhou um prêmio de diretora promissora em Beijing, indicada no Spirit Award, Philadelphia, Hamptons, e o prêmio da NHK em Sundance. Fica num meio termo esta história de uma mulher de meia idade, solitária e infeliz (a cena inicial é amarga mas tem humor negro, faz parte de um bando de gente esperando trem com proteção no rosto para não pegar doença ate quando é interrompida por um rapaz que se despede. Se jogando na frente do trem que o mata!). Eu avisei que não era hilariante. De qualquer forma, a estrela do filme é uma mulher Setsuko que perdeu o tempo na vida, vive em Tóquio fuma muito e é solitária e empregada há muitos anos de um escritório que, infeliz, decide aprender inglês e descobre uma nova identidade, seguindo os americanos fazendo-se chamar de Lucy e se apaixonando por um professor americano (Josh Hartnett) com quem eventualmente tem uma relação de sexo oral. Há também uma sobrinha mais nova e atrevida com quem vai se encontrar na Califórnia.

Pronto é isso ai, um filmezinho quase humano que contratou o americano Josh (a série Penny Dreadful, Dália Negra, Sin City) porque ele andou fazendo um monte de coisa e não acerta nunca (e já dá sinal da idade). A heroína é inexpressiva e de comédia tem praticamente nada. Mas nem tampouco chega a ser grande drama.