Fez mal a produtora Summit em modificar a data de seu lançamento americano colocando-o batendo de frente com os blocksbusters do verão! O filme estreou semana passada nos EUA e ficou em quinto lugar no fim de semana com renda de 18 milhões e meio. Não teve fôlego para enfrentar as animações nem o terror Invocação do Mal, nem as críticas sofríveis. São os mesmos roteiristas do primeiro RED, Jon e Erich Hoeder, que estão de volta junto com a maior parte do elenco original (fora os que faleceram no filme anterior e o querido Ernest Borgnine que faleceu na vida real, três meses antes da filmagem e estava ansioso para repetir sua participação).
O problema é que além deste bem sucedido filme de ação eles tem no currículo dois desastres qualificados, Battleship - A Batalha dos Mares (12) e Terror na Antártida (09). Ou seja, são capazes de tudo. Assim como o diretor Parisot que fez o Cult Heróis Fora de órbita (Galaxy Quest) e As Loucuras de Dick e Jane, mas sua reputação veio em séries de teve (Monk, Justified, The Good Wife), mas não tem reputação muito superior ao do realizador do primeiro, o alemão Robert Schwentke, de Plano de Vôo e Te Amarei para Sempre. E que fez R.I.P.D, um thriller com Jeff Bridges, que estreou nos EUA no mesmo dia que este filme e foi um fracasso ainda maior e mais clamoroso! Espero que ele ao menos tenha ganhado maior salário!
O que você pode esperar desta nova aventura? Mais do mesmo. Com muitas locações Quebec, Canadá, Londres, Paris, Moscou. E com direito a explosão de bom atômica e tudo (embora todo mundo ignore seus tão temidos efeitos radioativos!).
Fico impressionado com a longevidade de Bruce Willis diante da sua carência de recursos dramáticos. Há anos passa fazendo a mesma expressão de perplexidade (sem esquecer o clássico biquinho) e sai ileso de tudo.
Mesmo aqui onde ainda pula de lugares perigosos, se joga no chão e apesar dos 58 anos desta vez tem que dar conta não apenas de Mary-Louise Parker (muito mais assanhada e com mais a dizer e fazer do que no primeiro filme), mas também de Catherina Zeta Jones de espiã russa.
Não sei nem se vale a pena tentar resumir o filme. O aposentado agente Frank Moses da CIA (Bruce) reúne novamente sua velha equipe para mais uma perigosa missão: encontrar um antigo cientista atômico (Hopkins, sem perder seus traços de Hannibal Lecter) que teria muitos anos antes, durante a Guerra Fria introduzido na Rússia uma perigosíssima bomba que ninguém sabe se ainda existe ou onde estaria escondida.
Todos são difíceis de serem encontrados. O paranoico Marvin (John Malkovich) começa logo sendo assassinado, mas a britânica Victoria (Helen Mirren) lhe avisa que os ingleses estão pagando um assassino coreano supostamente a melhor do mundo para justamente vir matar Moses (o papel desse super bandido é do tal Byung, que é o mesmo Storm Shadow do dois G.I.Joes). Enfim, todos se reúnem e numa série de episódios pouco verossímeis ou completamente absurdos enfrentam a morte com sorrisos e piadas.
Claro que dá para assistir o filme, mas foi-se a novidade, a surpresa, mesmo o empenho do elenco fica comprometido por um roteiro mal construído, que nunca chega a engrenar ou empolgar. Parece difícil ter fôlego para um terceiro capitulo.