Crítica sobre o filme "Casamento do Ano, O":

Rubens Ewald Filho
Casamento do Ano, O Por Rubens Ewald Filho
| Data: 19/07/2013

Cairia muito bem nesta altura das férias escolares, uma comédia familiar divertida e despretensiosa, mas não é o caso deste espetacular fracasso que apesar do elenco de estrelas, custou 35 milhões de dólares e não rendeu nos EUA mais de 21 milhões (e como se sabe comédias não viajam bem para o mercado exterior). Ainda por cima, é uma refilmagem de uma produção francesa, um velho habito de Hollywood que estava meio em desuso. O filme que é mais suíço que francês se chama Mon Frère se Marie (meu irmão se casa), de 2006, escrito e dirigido por Jean-Stèphane Bron com Aurore Clément, Jean-Luc Bideau, Cyril Tropley, Delphine Chuillot, Stephane Batut e até um figurinista brasileiro Fernando Pinto (de chofer). Até onde consegui descobrir não foi exibido no Brasil, mas não devemos ter pedido grande coisa. O elenco é de segundo time e teve críticas negativas, mas custo a crer que possa ter sido pior do que este segundo filme de um roteirista Justin Zackham (o primeiro foi Calouros em Apuros/Going Greek, 01, que era imitação pobre de American Pie). Já houve inúmeros filmes sobre casamentos, vários deles ilustres (Cerimônia de casamento de Altman, Quatro Casamentos e um funeral,O Casamento de Betsy, até Mamma Mia etc), mas poucos tão incompetentes e nada engraçados com este. Apesar do super elenco. Don (De Niro, mais contido do que costume) e Ellie (Keaton) foram casados e tem dois filhos, Lyla (Katherine Heigl, outra desperdiçada) e Jared (Topher). Tem também um filho adotivo (no francês,era um vietnamita o que possibilita ao menos alguns contrastes, mas aqui é o britânico e sempre inexpressivo Ben Barnes- o príncipe Caspian de Nárnia) passando por colombiano!!!! Nada a ver), mas este revela pouco antes do casamento que nunca contou a sua mãe verdadeira Madonna (Patricia Rae) que os pais adotivos são divorciados e ela é muito religiosa, católica. Como este estúpido ponto de partida cria-se a confusão porque embora ele já esteja com outra (Susan Sarandon) fingem ainda serem casal para benefício da latina que vem em visita.

Produzido pela Independente Lion´s Gate, este fiasco consegue não provocar uma única risada decente, no que deve ser o maior desperdício de um elenco famoso em todos os decentes (inclui também Robin Williams fazendo dispensável ponta como um padre). Este é daqueles de ver para crer, ruim demais.