Este foi o filme que revelou para o filme o diretor russo Andrei Tarkovski (1932-86), ao ganhar o Leão de Ouro de Veneza.
Ficou famoso por ter sido proibido durante anos pelo governo soviético (passou em Cannes em 1969, mas em versão reduzida para 150 minutos, a daqui parece completa), de tal forma que o diretor (que já era conhecido e premiado pelo anterior "A Infância de Ivan", 1960), eventualmente se exilaria no ocidente, onde faria fitas famosas (como "Nostalgia" e "O Sacrifício") até sua morte prematura (de câncer em 1986 com 54 anos).
Esta aqui é penosamente longa e lenta, de tal forma que sua temática fica meio perdida (seria sobre o herói acreditando no livre arbítrio)
Ainda assim, o visual é impressionante, de grande impacto poético, no filme mais acessível do cineasta. Há também uma certa propaganda patriótica da Guerra, mas o diretor se esforça para escapar o conformismo do gênero, dando-lhe um toque pessoal ao retratar a infância e o romance entre o soldado e uma companheira de farda.