Com
Débora Falabella, Selton Mello, Marco Nanini, Virgínia Cavendish, Bruno Garcia, André Mattos,
Lívia Falcão, Tadeu Mello
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107
minutos
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SOM & IMAGEM |
FILME |
EXTRAS & MENUS |
GERAL |
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Áudio
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Legendas
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Vídeo
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Região
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Português (DD 5.1 e DD 2.0)
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Inglês, Português e Espanhol
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Sinopse
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Lisbela e o Prisioneiro é uma divertida comédia
romântica
na obra de Osman Lins e conta a história divertida
do malandro, aventureiro e conquistador Leléu
(Selton Mello), e da mocinha sonhadora Lisbela (Débora
Falabella) que adora ver filmes americanas e sonha
com os heróis do cinema.
Lisbela
está noiva e de casamento marcado,
quando Leléu chega à cidade. O casal
se encanta e passa a viver uma história cheia
de personagens tirados do cenário nordestino.
Eles vão sofrer pressões da família,
do meio social e também com as suas próprias
dúvidas e hesitações. Mas, em
uma reviravolta final, cheia de bravura e humor,
eles seguem seus destinos.
Como
a própria Lisbela diz, a graça
não é saber o que acontece. É
saber como acontece e quando acontece!
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Comentários
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Guel Arraes vem se destacando, já há algum
tempo, como um grande diretor e “criador”.
Ele começou mesmo a fazer sucesso na TV, criando
alguns dos mais importantes humorísticos da
história, como Armação
Ilimitada,
TV Pirata e A Comédia
da Vida Privada, dentre vários outros
produtos da TV Globo, como algumas minisséries
que foram acabar no cinema, tal o seu requinte e
sucesso: O Auto da Compadecida e Caramuru:
O Inventor do Brasil, que foram sucesso
em ambas as mídias, TV e Cinema (disponíveis
em DVD). Desta vez ele fez uma produção
dirigida unicamente ao cinema, numa obra baseada
num conto
de Osman Lins,
Lisbela e o Prisioneiro. Ele já havia adaptado
a obra para o teatro, sendo um sucesso absoluto.
Neste
filme, cuja comparação com O
Auto da Compadecida é natural, apenas por
se passar no nordeste e ter, como um dos personagens
principais, um ótimo trambiqueiro, ainda mais
porque o ator que faz os dois papéis é o
mesmo, o ótimo Selton Melo. Lembro-me que
na entrevista coletiva quando do lançamento
do filme no cinema, Guel admitia tal semelhança,
mas não com tanta ênfase. Ele dizia
que o filme tem suas semelhanças, pois o trabalho
dele é “popularesco”, ou seja,
busca, principalmente no Nordeste, sua origem, personagens
e tramas extremamente populares e que exatamente
por isso se identificam com o filme.
E
nisto este filme é mestre. Há uma
variedade de personagens muito interessantes e que
ultrapassam até a linha do popular, alguns
são até “líricos” para
quem adora cinema. Absolutamente todos os atores
estão exuberantes, claro que o destaque fica
com Marco Nanini, o “camaleão”,
desta vez num inspiradíssimo matador. Aliás,
há uma interessante troca de atores nas personagens
por quem fazia a peça e fez o filme. Destaque
ainda para as atuações de personagensa parelelas, Tadeu
Melo (se bem que no seu estilo de sempre, mas foi um
dos grandes destaques da peça), Bruno Garcia (como
o ótimo "exilado porém moderno de volta à terra que
virou carioca de meia-tijela") e André Mattos (pai
de Lisbela e delegado). Débora Fallabela está bem delicada
e muito bem no seu papel, enfim, teria que elogiar
a praticamente todo o elenco.
Nasce
desta trama várias histórias
paralelas, causando por vezes cenas extremamente
engraçadas e, por outras, quase às
lágrimas, para quem ainda tem um romantismo
dentro de si. Muito bem amparado pela trilha sonora
(na mesma coletiva, o Diretor Musical João
Falcão disse que fez um trabalho extremamente
integrado com Guel), a trama é atemporal,
temos uma ou outra dica da época em que se
passa, mas o seu simbolismo é claro: se passa
em qualquer tempo, desde a atualidade até quando
o Zeppelin passou pelo país... Afinal, o cinema,
cuja maior homenagem está no paralelo entre
a mocinha apaixonada pela sétima arte, de
certa forma realizada de modo bastante diferente,
porém com o mesmo "lirismo", por Woody Allen em A
Rosa Púrpura
do Cairo (foi apenas uma referência provável
para o diretor, é um dos papéis (ops,
quero dizer, cenários, mas veja e entenda
a “confusão”) centrais do filme.
Uma
produção impecável de Paula
Lavigne (que disse na mesma coletiva que a participação
do marido Caetano Veloso na trilha sonora foi casual...
mas foi um dos grandes hits do ano, “Você Não
Me Ensinou a Te Esquecer”, regravada, por óbvio,
depois pelos cantores mais "populares" de axé,
sertanejo e cia., aproveitando a carona do sucesso),
com ótima
fotografia de desenho de arte, bem colorida e um
grande “cordel”.
Mais
uma ótima produção do “novo” cinema
nacional, quem vem se estabelecendo cada vez mais
como sendo um dos mais interessantes, mesmo se comparado
com obras nacionais do passado. Se você gosta
de um filme agradável, com ótimos personagens
(e atores), uma linda história de amor, de
cinema e de uma boa comédia, não perca
este filme. E assista sempre, pois trata-se aqui
de um “pequeno Cinema
Paradiso nacional" (feitas
todas as ressalvas imagináveis).
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Extras
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- Making Of: curto (13m15s) mas bastante informativo
documentário, que se inicia mostrando algumas
cenas do filme e quando da escolha do elenco e da
peça, interessante paralelo. Depois, Arraes
os atores falam do roteiro, dos ensaios (ponto fundamental
para a grande atuação dos atores),
das suas personagens, com cenas do filme e de bastidores
ilustrando as opiniões. Segue com a equipe
técnica falando sobre a cenografia e fotografia,
també, com muitas cenas de bastidores e a
trilha sonora (onde são mostradas imagens
de gravações e do “especial” Lisbela – O
Musical).
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Trailers: são 3, do Filme, Teaser e de Chamadas
para a TV (8 Spots de 30 segundos).
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Cenas Excluídas: com dois minutos, mostra
3 cenas.
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Clipes: de Caetano Veloso (“Você Não
Me Ensinou a Te Esquecer” e “Lisbela”,
cuja música com ele é apresentada apenas na peça, este
sim uma boa curiosidade) e Os Condenados (“Para O Diabo os Conselhos
de Vocês”).
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Galeria de Fotos: 12 páginas com duas fotos cada, na sua grande parte
com cenas do filme.
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Críticas
ao DVD
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Um DVD tecnicamente apenas bom, pois não se
sabe o porquê sua imagem não está no
formato original de cinema, em widescreen, cortando
cerca de 45% da imagem concebida, adaptando as imagens
para a famosa “tela cheia”. Ora, o cinema
nacional merece maior respeito pelas distribuidoras.
Se elas ainda tem alguma dúvida quanto à preferência
do público, que ao menos coloque a imagem
nos dois formatos possíveis. Neste caso não
há a “desculpa” de que se trata
de filme para crianças... O áudio compensa
esta deficiência, apresentando os dois formatos,
tanto para quem quer ter o seu DVD como um antigo
VHS apenas com 2 canais, como para quem gosta (e
pode) ter um equipamento com 5.1 canais bem distribuídos.
O mais engraçado é que sempre houve
este estigma, de que o cinema nacional não
conseguia ter um bom áudio. Neste caso, isso é passado.
Os
menus são bem legais, o principal é animado
(e se voe tiver paciência, com algumas imagens
e diálogos do filme) e muito bem realizados
graficamente. Os extras, que à princípio
me pareceram poucos, são bastante eficientes.
Pena que a distribuidora provavelmente “caia
em si” e perceba que o DVD, vendido em separado,
Lisbela - O Musical, seria muito conveniente e coerente
que fizesse parte destes extras.
No
geral o filme vale todas as “trapalhadas” aqui comentadas no DVD.
Talvez tenhamos que conviver com as eternas “edições especiais” no
futuro, mas pelo que o mercado nos oferece neste momento é um dos filmes
(e até DVD) mais interessantes do cinema nacional. Na minha opinião,
vale a sua locação, compra etc. Até que venha uma nova edição...
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Menus
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Resenha
publicada em
19/06/2004
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Por
Edinho Pasquale
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